Dissertation
Política de prevenção ao HIV/AIDS no Brasil: o lugar da prevenção nessa trajetória
Fecha
1999Registro en:
ROCHA, Fátima Maria Gomes de. Política de prevenção ao HIV/AIDS no Brasil: o lugar da prevenção nessa trajetória. 1999. 117 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 1999.
Autor
Rocha, Fátima Maria Gomes de
Institución
Resumen
Este trabalho resgata aspectos da trajetória histórica da política oficial de prevenção à AIDS no Brasil, focalizando as questões relativas ao campo da transmissão sexual. Investigamos os paradigmas presentes no processo de formação dessa política, refletindo ainda sobre os seus atuais desafios – pauperização da epidemia e avanços terapêuticos. O estudo da questão contemplou os depoimentos de pessoas-chaves na formulação e implementação das respostas políticas institucionais no âmbito do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde do Rio, incluindo ainda dois representantes de instâncias não governamentais. Procuramos através dos discursos desses atores identificar o lugar que a prevenção vem ocupado historicamente e o sentido de sua contribuição na implementação da política de controle à AIDS. Complementamos o trabalho de campo com as análises sobre os documentos oficiais. A análise identificou que a dinâmica da história da política de prevenção à AIDS tem sido feita através do jogo de relações dos interesses entre os diversos atores envolvidos. A normatização dos comportamentos esteve presente de forma importante nessa trajetória, demonstrando a importância da inculcação de normas
morais no direcionamento das estratégias educativas.Observou-se ainda tendência a mudança no direcionamento da política de controle e prevenção, ameaçando conquistas e a inversão de investimentos realizadas até então. A proposta de vulnerabilidade e o paradigma da promoção à saúde foram considerados referências importantes para a implementação das políticas atuais, contribuindo para integração das ações de prevenção e assistência e para articulação com outros instâncias situadas fora da área da saúde.