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Tratamento antirretroviral: adesão e a influência da depressão em usuários com HIV/Aids atendidos na atenção primária
Fecha
2018Registro en:
COUTINHO, Maria Fernanda Cruz; O'DWYER, Gisele. Tratamento antirretroviral: adesão e a influência da depressão em usuários com HIV/Aids atendidos na atenção primária. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Coutinho, Maria Fernanda Cruz
O'Dwyer, Gisele
Institución
Resumen
A adesão ao tratamento dos antirretrovirais se constitui hoje como um dos maiores desafios às pessoas que vivem com HIV não apenas em função do tempo de uso da medicação e dos efeitos adversos a saúde desses indivíduos, mas também porque está relacionada a outros fatores como a depressão. Ela é reconhecida como um preditor de desfechos clínicos negativos, impactando a adesão e o sucesso terapêutico. O objetivo deste estudo foi identificar se a depressão interfere na adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com HIV no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria - ENSP/FIOCRUZ. Foram selecionados 34 que iniciaram o tratamento no ano de 2014 no centro de saúde, a partir dos quais se buscou em prontuário físico e no SICLON dados referentes a aspectos sociodemográficos e informações referentes à adesão. Estabeleceu-se três medidas para o monitoramento de adesão: percentual de dias sem medicamento; supressão de carga viral e autorrelato. Utilizou-se entrevista aberta e um instrumento para identificação de depressão, o Inventário de Depressão de Beck, em 18 pacientes que aceitaram a participar da pesquisa. A análise de conteúdo temática serviu de técnica para parte qualitativa desse estudo. A adesão foi verificada, pelas 3 medidas estabelecidas, em 38,8%, e a prevalência de depressão foi 22,24%. A relação entre não-adesão e depressão foi encontrada em apenas 5,55% dos sujeitos entrevistados. A forma de contágio foi prioritariamente por via sexual. Admitiu-se medo do estigma, ocasionando certo isolamento social. A dificuldade em seguir o tratamento antirretroviral relacionou-se, no início do seguimento, aos efeitos adversos do medicamento. A pesquisa detectou a importância da rede social de proteção com destaque para a família pelo apoio material e afetivo e a fé como importante modo de alívio das angústias. A conjugação das três medidas de adesão, não permite concluir objetivamente se há ou não adesão. A incorporação de instrumento de rastreio para depressão na rotina dos serviços de saúde para ser importante para o enfrentamento HIV. Evidenciou-se a necessidade da construção efetiva de uma rede de cuidados que envolva os serviços, comunidade e família, bem como capacitação de profissionais.