Dissertation
Cryptosporidium parvum - patógeno emergente de veiculação hídrica: desafios metodológicos de detecção ambiental
Fecha
2003Registro en:
GARRIDO, Luis Ernesto Maure.Cryptosporidium parvum - patógeno emergente de veiculação hídrica: desafios metodológicos de detecção ambiental. 2003. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2003.
Autor
Garrido, Luis Ernesto Maure
Institución
Resumen
A qualidade e segurança da água são questões que estão chamando a atenção das
autoridades em saúde pública. Várias espécies do gênero Cryptosporidium foram
descritas, mas somente o Cryptosporidium parvum têm sido associado às doenças
gastrintestinais (TEUNIS & HAVELAAR, 2002). A criptosporidiose pode ser fatal em
imunocomprometidos e pode debilitar severamente indivíduos imunocompetentes.
Outro agravante dá-se pelo fato de oocistos de Cryptosporidium serem resistentes às
pressões ambientais, podendo sobreviver por vários meses no ambiente aquático e são
também resistentes à desinfecção por cloro utilizada no tratamento convencional de
água (MULLER, 2000).
Atualmente existem diferentes métodos propostos, mais ainda não padronizados.
A ausência de uma metodologia padronizada para detecção de oocistos de
Cryptosporidium dificulta a viabilização de um monitoramento ou pesquisa deste
patógeno emergente. No Brasil, os dados acerca da ocorrência deste parasito em água de
abastecimento são limitados. A portaria 1469 de 2000, que em seu padrão
microbiológico de potabilidade da água para consumo humano recomenda inclusão de
pesquisa de organismos patogênicos, com o objetivo de atingir, como meta, um padrão
de ausência, dentre outros, oocistos de Cryptosporidium spp. Recomenda-se,
mundialmente, o monitoramento de Cryptosporidium em sistema de água potável que
abastecem cidades com população entre 10000 e 100000 pessoas. Entretanto, os
métodos normalmente usados na determinação de oocisto na água são ineficientes e
extremamente variáveis, citando como exemplos a identificação de falsos-positivos por
interferências com algas e outras espécies de protozoários (FRANCO et al., 2001).
Conclui-se que a inexistência ou inadequação do tratamento de dejetos pode
gerar a contaminação dos mananciais de água, podendo veicular e disseminar C.
parvum. Em face disso, torna-se fundamental o desenvolvimento e aprimoramento de
métodos diagnósticos de detecção.