Dissertation
Efeito da pentoxifilina sobre as enzimas de metabolismo de xenobióticos na malária murina causada pelo Plasmodium berghei ANKA e no modelo de sepse causada pelo LPS de Escherichia coli
Fecha
2014Registro en:
SIQUEIRA, Carolina Morse. Efeito da pentoxifilina sobre as enzimas de metabolismo de xenobióticos na malária murina causada pelo Plasmodium berghei ANKA e no modelo de sepse causada pelo LPS de Escherichia coli. 2014. xxii,132 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.
Autor
Siqueira, Carolina Morse
Institución
Resumen
Os citocromos P450 (CYP) são enzimas envolvidas no metabolismo de
xenobióticos e de substâncias endógenas. Quando expostas a uma grande diversidade de
agentes químicos ou biológicos, os CYPs podem ser modulados positiva ou negativamente.
Os mecanismos pelos quais a regulação de CYP é alterada na malária ainda não foram
completamente esclarecidos. Desse modo, este trabalho tem por objetivo elucidar os
mecanismos que participam da regulação das atividades das CYP hepáticas 1a, 2b e 2a5 no
modelo de malária murina letal provocada pelo Plasmodium berghei ANKA em
camundongos da linhagem DBA-2. Também estudamos a participação das citocinas e do
óxido nítrico como mediadores inflamatórios na modulação das atividades enzimáticas..
Nesse sentido, a produção desses mediadores foi inibida pela PTX em duas doses 1,7 e 7
mg/kg por cinco ou nove dias de tratamento. Um modelo murino de sepse causado pelo
lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli foi usado como estímulo do sistema imune
para elevar os níveis séricos de óxido nítrico (NO). As atividades hepáticas de Cyp1a,
Cyp2b e Cyp2a5 foram quantificadas em ensaios espectrofluorimétricos. O TNF no soro
dos animais foi quantificado por citometria de fluxo e o NO foi quantificado pelo método
de Griess. Os resultados mostraram que no dia 13 de infecção (DI13) não foi vista
depressão de Cyp1a e Cyp2b e indução de Cyp2a5 na malária. Porém, a dose de 1,7 mg/kg
restituiu aos valores constitutivos as atividades de Cyp2b. O TNF foi aumentado na malária
murina, o tratamento com a PTX não foi capaz de diminuir o TNF no soro de animais
maláricos. Posteriormente, as atividades hepáticas de Cyp1a e 2b foram deprimidas no dia
17 de infecção (DI17) na malária murina e Cyp2a5 foi induzida nos animais maláricos que
receberam o tratamento com a PTX. Na sepse, apenas foi observada a depressão de Cyp2b.
A administração do LPS aumentou os níveis séricos de NO, o tratamento com a PTX na
dose de 7 mg/kg não diminuiu o processo inflamatório na sepse.