TCC
Comparação dos métodos de pirogênio in vivo descritos nas farmacopeias brasileira e europeia
Fecha
2011Registro en:
LOPES, Izabela Gimenes. Comparação dos métodos de pirogênio in vivo descritos nas farmacopeias brasileira e europeia: interferência na interpretação dos resultados. 2011. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Controle da Qualidade de Produtos, Ambientes e Serviços Vinculados à Vigilância Sanitária) - Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária, Rio de Janeiro, 2011.
Autor
Lopes, Izabela Gimenes
Institución
Resumen
Todos os produtos injetáveis de uso humano devem ser livres de pirogênio. O teste de pirogênio in vivo é preconizado em diversas farmacopeias. Ele é baseado na reação de febre dos coelhos. A Farmacopeia Brasileira segue o mesmo método da Americana, porém diferem da Europeia no número de coelhos, número de etapas do ensaio e na interpretação da análise dos resultados. Este estudo comparou os métodos da Farmacopeia Brasileira e Europeia e avaliou se estas diferenças podem interferir no resultado final das análises, identificando qual foi o critério mais rigoroso. As concordâncias e/ou discordâncias entre os resultados das farmacopeias foram analisadas através: a) 44 amostras do Setor de Pirogênio do Departamento de Farmacologia e Toxicologia/INCQS com resultado de repetição. b) geração de dados hipotéticos utilizando o valor limite de febre de 0,5 ºC e 451 combinações numéricas por modelagem em programa computacional simulando o primeiro ensaio. Para todos os animais com elevação individual de temperatura igual a 0,5°C, a Farmacopeia Brasileira teve o resultado “pirogênio” para uma amostra enquanto que a Europeia teve o resultado “livre de pirogênio”, demonstrando que a Farmacopeia Europeia não considera a elevação de 0,5°C como indicador de febre. Tanto os dados analisados da rotina como os dados gerados matematicamente demostraram que a Farmacopeia Brasileira foi mais rígida em baixas elevações de temperatura (até o somatório de 1,15°C). Entre o somatório de 1,2°C e 2,6°C as farmacopeias possuem o mesmo resultado encaminhando o produto para o “próximo estágio”. A Farmacopeia Europeia foi mais rigorosa em altas elevações de temperatura (somatório acima de 2,7°C). Os resultados indicam que as diferenças metodológicas podem gerar incertezas nas avaliações dos protocolos de acordo com o país em que o produto foi fabricado e interferem na interpretação dos resultados.