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A produção audiovisual e as pesquisas participativas: constituindo um caminho de produção compartilhada do conhecimento
Fecha
2018Registro en:
SOUSA, Fabiana Melo et al. A produção audiovisual e as pesquisas participativas: constituindo um caminho de produção compartilhada do conhecimento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Sousa, Fabiana Melo
Cunha, Marize Bastos da
Francisco, Diego Santos
Pivetta, Fatima Regina
Freitas, Jairo Dias de
Zancan, Lenira Fracasso
Porto, Marcelo Firpo de Souza
Francisco, Mônica dos Santos
Costa, Viviani Cristina
Institución
Resumen
O projeto foi realizado entre fevereiro e novembro de 2016. O dispositivo audiovisual como mediador na produção e circulação de conhecimento em grupos de pesquisadores, moradores e coletivos em Manguinhos/RJ. Desenvolver dispositivos para dar visibilidade às narrativas e experiências dos moradores e coletivos locais; apropriação da linguagem audiovisual para pesquisas participativas; produzir o diálogo entre diferentes agentes sociais que vivem e trabalham no território. Vídeo-processo realizado a partir da sistematização de todo o registro audiovisual de atividades do projeto (visitas de campo, oficinas de discussão e participação em eventos) e edição do material para uso em atividades ao longo do trabalho, permitindo o diálogo entre diferentes conhecimentos e visões sobre a situação de saúde em Manguinhos. Além do registro, coletamos dados, fotografias e músicas nas redes sociais que expressam o conhecimento e experiência de coletivos locais e moradores. Agilidade na circulação dos dados parciais do projeto, possibilitando identificar a apropriação das informações pelos atores sociais interessados (moradores e trabalhadores do território). O recurso audiovisual permitiu identificar os conflitos e aproximações entre os diferentes agentes sociais que vivem e trabalham no território, resultando uma maior aproximação com o cotidiano e a experiência dos moradores a partir das narrativas trazidas pelo dispositivo e os outros materiais coletados. Enfocamos a categoria da invisibilidade, destacando que os modos de vida, as formas culturais, as redes sociais e o cotidiano da favela sempre foram pouco visíveis. Por outro lado, existe uma produção de imagens que acontece no interior deste territórios, embora, ainda persista a ideia de que as imagens que circulam na indústria cultural são consideradas mais "legitimas" do que às que são criadas pelos sujeitos e grupos que atuam e moram nestes lugares. O dispositivo audiovisual na produção compartilhada de conhecimento, neste caso, com os agentes sociais do território - moradores, pesquisadores, movimentos sociais e trabalhadores da saúde, mostra-se como um potente articulador, ao aproximar estes atores através de depoimentos baseados em suas experiências. O resultado principal é o registro e circulação destas narrativas, disputando outras subjetividades sobre estes territórios.