Thesis
A colaboração interprofissional na atenção primária à saúde: estudo comparativo entre Brasil e Portugal
Fecha
2017Registro en:
ARAÚJO, Eliezer Magno Diógenes. A Colaboração Interprofissional na Atenção Primária à Saúde: Estudo comparativo entre Brasil e Portugal. 2017. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2017.
Autor
Araújo, Eliezer Magno Diógenes
Institución
Resumen
As equipes de saúde produzem e coordenam processos de cuidado através de um trabalho
derivado do contato entre organizações, equipes, profissionais e pacientes. O propósito geral
deste estudo foi compreender a dinâmica da colaboração interprofissional no contexto do
trabalho da Estratégia Saúde da Família (Brasil) e das Unidades de Saúde Familiar (Portugal).
A Colaboração Interprofissional (CI) envolve aspetos relacionais, organizacionais e
estratégicos que configuram o trabalho em equipe e a governança clínica no cotidiano dos
serviços. Objetivos: a) identificar os fatores que influenciam no desenvolvimento da CI; b)
compreender as concepções de CI sustentadas pelos profissionais de saúde, no contexto da
Atenção Primária à Saúde; c) avaliar o nível de CI nas equipes de saúde, nos dois países; e d)
desenvolver um processo de construção e validação de um instrumento de avaliação da CI.
Métodos: desenvolveu-se um estudo de casos comparados, observando-se políticas e serviços
de saúde nos dois países e a adaptação de um modelo de avaliação da CI. Para a coleta de
dados, utilizou-se pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas, observação direta e
questionário, em formato digital, enviado por correio eletrónico. Resultados: observou-se que:
a) os esforços para a cogestão democrática da equipe contribuem para a efetivação da
qualidade do cuidado; b) um distanciamento dos órgãos gestores (administrativos) superiores
em relação ao trabalho cotidiano das equipes, suas lutas, dilemas e desafios concretos; c)
diferenças marcantes na governança clínica e do trabalho colaborativo entre os dois casos, que
abrangem, por exemplo: a inclusão de novas categorias profissionais junto a equipes de saúde
da família (no Brasil) e a adesão voluntária e incentivos institucionais por produtividade (em
Portugal). De forma geral, vimos que a governança clínica em saúde é uma estratégia
fundamental para a organização e a efetivação do cuidado na Atenção Primária à Saúde.