Article
O efeito dos métodos preventivos na redução do risco de infecção pelo HIV nas relações sexuais e seu potencial impacto em âmbito populacional: uma revisão da literatura
Fecha
2015Registro en:
GRANGEIRO, Alexandre et al. O efeito dos métodos preventivos na redução do risco de infecção pelo HIV nas relações sexuais e seu potencial impacto em âmbito populacional: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 118, São Paulo, p. 43-62, set. 2015. Supl. 1.
1415-790X
10.1590/1809-4503201500050005
Autor
Grangeiro, Alexandre
Ferraz, Dulce Aurélia de Souza
Calazans, Gabriela
Zucchi, Eliana Miura
Díaz-Bermúdez, Ximena Pamela
Institución
Resumen
A existência de diferentes métodos preventivos que oferecem elevado grau de proteção contra o HIV tem trazido à luz um desafio: como países que proporcionaram ampla cobertura de prevenção e tratamento poderão utilizar novos métodos preventivos para reverter taxas de incidência que permanecem elevadas, até mesmo crescentes, em grupos sociais específicos? Realizamos uma revisão narrativa da literatura com a finalidade de examinar os métodos preventivos e as intervenções estruturais que, no contexto de epidemias concentradas populacional e geograficamente, podem ter maior impacto nas taxas de incidência. Com isso, analisamos o conhecimento acerca do grau de proteção dos diferentes métodos, seus limites e suas potencialidades. O alcance e a efetividade dos métodos têm sido minimizados, notadamente, por barreiras estruturais e psicossociais, como falhas de adesão, uso inconsistente ao longo do tempo ou apenas em situações em que as pessoas se percebem em maior risco. Indivíduos e grupos sociais mais atingidos pela epidemia têm limitado o uso e o não uso de métodos de acordo com seus valores, necessidades identificadas de prevenção e condições de vida. Isso impede que um método isoladamente venha a promover um forte impacto de redução na epidemia. Políticas baseadas na oferta conjunta e na complementaridade entre os métodos, na atenção aos aspectos psicossociais que interferem no seu uso e na redução das barreiras estruturais de acesso poderão ter maior impacto na incidência, especialmente se forem planejadas e implantadas com participação e mobilização social.