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Centros depositórios de plantas medicinais: herbários como instrumento de gestão da biodiversidade
Fecha
2017Registro en:
ALVES, Karina de Nazaré Lima et al. Centros depositórios de plantas medicinais: herbários como instrumento de gestão da biodiversidade. Revista Fitos, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 26-37, set. 2017.
10.5935/2446-4775.20170012
2520-4775
Autor
Alves, Karina de Nazaré Lima
Mesquita, Ulliane de Oliveira
Leão, Victor Miranda
Gois, Maria Antônia Ferreira
Vieira, Erika Fernanda de Matos
Neves, Rubens Herbert Pantoja
Souza, João Paulo Silva
Lucas, Flavia Cristina Araújo
Costa, Jéssica Caroline Mendes da
Institución
Resumen
Sistemas de informação sobre biodiversidade são fontes para estudos de inestimavel valor científico e cultural. O gerenciamento de coleções etnobotânicas de plantas terapêuticas, representadas por meio de exsicatas, drogas vegetais, e produtos oriundos de comunidades tradicionais, torna-se fundamental no apoio às políticas de gestão patrimonial da biodiversidade. Nesse sentido os herbários são centros depositórios de que atuam diretamente no gerenciamento e conservação da biodiversidade. O presente estudo objetivou apresentar a Coleção de Plantas Medicinais da Amazônia do Herbário MFS, destacando o sistema de informação e organização dos dados das espécies, localidades e usos tradicionais, como forma de contribuir na documentação de patrimônios da biodiversidade. Foram realizadas excursões a campo em comunidades ribeirinhas, quilombolas, periurbanas, extrativistas, feiras livres e mercados, a fim de coletar plantas e produtos, bem como, informações do perfil sócio econômico dos inetrlocutores e dados etnobotânicos relacionados. A coleção de plantas medicinais do MFS é constituída de exsicatas, produtos, drogas e imagens, registradas no software Brahms. Lamiaceae, Asteraceae, Arecaceae, Fabaceae, Amaranthaceae, Rutaceae e Anacardiaceae foram as famílias mais representativas com 14 especies presentes em listas de indicação e descrição de medicamentos e fármacos do Ministério da Saúde, tendo sua eficácia comprovada quanto ao uso. A fototeca abriga cerca de 700 imagens, enquanto a coleção de drogas é formada por 280 amostras de raízes, cascas, folhas, flores, frutos, sementes e triturados. Foram incorporados 105 produtos de uso terapêutico, obtidos através dos estudos etnobotânicos. A integração dos dados presentes em uma coleção torna-se essencial para estudos farmacológicos, visto que pouco se conhece a respeito do uso e diversidade da flora amazônica.