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Biomphalaria Glabrata Kuhniana (Clessin, 1883), planorbid mollusc from South America
Fecha
1988Registro en:
PARAENSE, W. Lobato. Biomphalaria kuhniana (Clessin, 1883), planorbid mollusc from South America. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 83, n. 1, p. 1-12, jan./mar. 1988.
0074-0276
10.1590/S0074-02761988000100001
1678-8060
Autor
Paraense, W. Lobato
Institución
Resumen
A validade de Biomphalaria Kuhniana (Clessin, 1883) é confirmada pelo estudo morfológico de espécimes do Suriname (localidade tipo) e da área de Tucuruí (rio Tocantins, Estado do Pará, Brasil), em comparação com B. straminea (Dunker, 1848), e por experiências de cruzamento que revelaram completo isolamento reprodutivo entre as duas espécies. A concha adulta de Kuhniana é menor (cerca de 7,5 mm) que a de straminea (11 mm a 16.5 mm). As duas espécies distinguem-se anatomicamente pelo grau de enrugamento da parede vaginal (pouco desenvolvido em kuhniana, conspícuo em straminea), pelo número e aspecto dos divertículos prostáticos (em kuhniana 4 a 9, mais curtos e menos ramificados; em straminea 9 a 18, mais longos e mais ramificados), pelo número de camadas musculares na parte média do pênis (duas kuhniana, três em straminea), e pelo percurso do segmento distal do espermiduto, geralmente direto ou ligeiramente ondulado em kuhniana, mais ou menos enroscado em straminea. As diferenças entre B. kuhniana e B. intermedia (Paraense & Deslandes, 1962) são menos acentuadas. Na intermedia a concha atinge cerca de 12 mm de diâmetro, a próstata tem 7 a 15 divertículos, há duas camadas musculares na parte média do pênis e a parede vaginal apresenta um enrugamento mais ou menos desenvolvido (ou às vezes uma simples dilatação) à esquerda do canal da espermateca e uma bolsa rudimentar à direita do canal. Em vista da grande semelhança morfológica entre B. straminea, B. kuhniana e B. intermedia, é proposto o agrupamento das três espécies no complexo Biomphalaria straminea.