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Influência da renda na associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia: Projeto Bambuí
Fecha
2008Registro en:
LOYOLA FILHO, Antônio Ignacio de et al. Influência da renda na associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia: Projeto Bambuí. Rev. Saúde Paulo. 2008, vol.42, n.1, pp. 89-99.
0034-8910
10.1590/S0034-89102008000100012
Autor
Loyola Filho, Antônio Ignácio de
Uchôa, Maria Elizabeth
Firmo, Josélia Oliveira Araújo
Costa, Maria Fernanda Lima
Institución
Resumen
OBJETIVO: Avaliar a prevalência da polifarmácia e a influência da renda na associação entre uso de medicamentos e disfunção cognitiva, entre idosos.
MÉTODOS: Dos 1.606 integrantes da linha base da coorte de idosos de Bambuí (Minas Gerais), iniciada em 1997, 1.554 participaram do estudo. Todos os participantes foram submetidos ao questionário mini-exame do estado mental. A associação entre disfunção cognitiva e polifarmácia foi testada por meio de regressões ordinais multivariadas, realizadas para a população total e para cada um dos estratos de renda.
RESULTADOS: A prevalência de polifarmácia (consumo de dois ou mais medicamentos) foi de 70,4%, e o número de medicamentos consumidos mostrou-se negativa e independentemente associado à disfunção cognitiva (OR=0,72; IC 95%: 0,55;0,95). Quando estratificada pela renda pessoal (<2 salários mínimos versus > 2), observou-se associação negativa entre uso de medicamentos e disfunção cognitiva entre idosos com renda mais baixa (OR=0,64; IC95%: 0,48;0,86), mas não entre aqueles de renda mais elevada (OR=1,74; IC 95%: 0,81;3,74).
CONCLUSÕES: Com referência à associação entre disfunção cognitiva e número de medicamentos consumidos, os resultados indicam desigualdade social no uso de medicamentos. É possível que esses idosos não estejam consumindo os medicamentos necessários ao adequado tratamento de seus problemas de saúde.