Thesis
Presença de células dendríticas ativadas e das células T CD4+CD25hi na miocardite aguda e crônica da doença de chagas, em camundongos de linhagens resistente e susceptível
Fecha
2013Registro en:
PORTELLA, R. S. Presença de células dendríticas ativadas e das células T CD4+CD25hi na miocardite aguda e crônica da doença de chagas, em camundongos de linhagens resistente e susceptível. 2013. 97 f. Tese (Doutorado) - Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Salvador, 2013.
Autor
Portella, Renata Siqueira
Institución
Resumen
A doença de Chagas é caracterizada por apresentar duas fases com curso clínico bastante variável. Na fase aguda ocorre uma intensa miocardite, sendo o parasita facilmente detectado no sangue periférico e nos tecidos. A fase crônica cardíaca é caracterizada por uma cardiopatia, com intensa destruição das fibras cardíacas, presença de áreas de fibrose e escassos parasitas. Os mecanismos envolvidos na patogenia dessa miocardite ainda não são muito claros. Acredita-se que as células reguladoras e as células dendríticas estejam envolvidas nesse processo. Para compreender os mecanismos envolvidos, na resposta inflamatória à infecção pelo T. cruzi, resolvemos investigar a participação das células dendríticas, das células reguladoras e o perfil dos linfócitos T CD4+ e CD8+, utilizando duas linhagens de camundongos isogênicos, que apresentam diferentes graus de susceptibilidade a infecção. Em nossos resultados constatamos que os camundongos DBA/1 apresentaram maior sobrevida à fase aguda (90%), mesmo tratando os camundongos A (70%) com benzonidazol por três dias consecutivos, com o intuito de diminuir a carga parasitária prevenindo a alta mortalidade. A resistência dos DBA/1 e a susceptibilidade dos A, a infecção pelo T. cruzi, estaria relacionada ao perfil da resposta inflamatória e regulatória desenvolvida no decorrer da doença. Observamos que os camundongos DBA/1 possuem mais células dendríticas ativadas no baço e coração e mais células T CD4+CD25hi do que os camundongos da linhagem A. Essa diferença do perfil de resposta pode estar provocando uma maior expansão e diferenciação dos linfócitos T CD4+ pelas células dendríticas, levando ao controle da carga parasitaria.