Thesis
Impacto da repetição do tratamento com benznidazol na resposta imune humoral, parasitemia e cardiopatia de pacientes portadores da doença de Chagas crônica de Virgem da Lapa, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais
Fecha
2016Registro en:
ZAUZA, P. L. Impacto da repetição do tratamento com benznidazol na resposta imune humoral, parasitemia e cardiopatia de pacientes portadores da doença de Chagas crônica de Virgem da Lapa, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. 2016. 145f. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ, 2016
Autor
Zauza, Patrícia Lago
Institución
Resumen
Com o objetivo de avaliar o impacto da repetição do tratamento com benznidazol na resposta imune humoral, parasitemia e cardiopatia em pacientes chagásicos crônicos, 129 pacientes de Virgem da Lapa-MG, com idade média de 52 ± 7,5 anos, 85 mulheres e 44 homens, foram avaliados no intervalo de 3,3 anos após um (grupo BZ1T=45), dois (BZ2T=47) e três (BZ3T =37) tratamentos com benznidazol, no esquema convencional. Todos foram avaliados pré e pós-tratamentos pelos testes sorológicos de imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA recombinante; reação em cadeia da polimerase (PCR), eletrocardiograma e ecocardiograma. Os resultados mostraram queda significativa dos níveis de IgG anti-T. cruzi pelo teste de IFI e negativação da parasitemia, não associadas aos grupos de tratamento. Não houve caso novo de cardiopatia, a progressão da cardiopatia ocorreu em 8,5% dos pacientes, significativamente maior no sexo masculino, não associada aos grupos de tratamento, com a incidência de extra-sístoles ventriculares, alteração primária da repolarização ventricular, desvio do eixo elétrico para a esquerda, hipocinesias e fração de ejeção < 45% e a regressão foi registrada entre os pacientes do grupo BZ1T pela deleção de extra-sístoles ventriculares. Diante desses resultados, conclui-se que a repetição do tratamento com benznidazol, no tempo do estudo, determinou a queda dos níveis de Ig G contra antígenos de superfície do T. cruzi e a negativação da parasitemia, mas não determinou mudanças significativas na progressão da cardiopatia entre os pacientes chagásicos crônicos