TCC
Conhecimentos sobre a fauna de flebotomíneos (diptera: psychodidae), vetores de leishmaniose tegumentar americana, na localidade de serrinha da torre, município de Iúna, Estado do Espírito Santo, Brasil
Fecha
2018Registro en:
FARIA, Humberto Gripp de. Conhecimentos sobre a fauna de flebotomíneos (diptera: psychodidae), vetores de leishmaniose tegumentar americana, na localidade de serrinha da torre, município de Iúna, Estado do Espírito Santo, Brasil. 2018. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Entomologia Médica)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
Autor
Faria, Humberto Gripp de
Institución
Resumen
Apontada como doença negligenciada, a leishmaniose é amplamente distribuída no mundo e apresenta as seguintes formas clínicas: a leishmaniose cutânea, a leishmaniose cutânea mucosa e a leishmaniose visceral. A doença é causada por diferentes espécies do gênero Leishmania sendo transmitida por fêmeas de flebotomíneos. Nas Américas é dividida em leishmaniose tegumentar americana (LTA) e leishmaniose visceral americana (LVA). No Brasil é considerada um grande problema de saúde pública. A LTA no Estado do Espírito Santo é endêmica; no período entre 2002 e 2015 foram notificados 2533 casos humanos, apresentando-se em destaque principalmente nas regiões do Caparaó, Serrana e Norte. O presente estudo foi realizado no município de Iúna, situado na região sul do estado, e foi selecionada a localidade Serrinha da Torre (zona rural), área com relatos de casos humanos de LTA, onde foram realizadas capturas de flebotomíneos. O objetivo foi obter uma análise temporal da fauna de flebotomíneos, entre os meses de dezembro de 2015 a abril de 2016, e avaliar a presença de potenciais espécies vetores de LTA na localidade Utilizou- se armadilhas luminosas do tipo CDC instaladas no peridomicílio das residências. Foram coletados um total de 879 flebotomíneos, pertencentes a oito espécies, incluídas na Tribo Phlebotomini, Subtribos Brumptomyiina e Lutzomyiina e nos Gêneros Brumptomyia, Evandromyia, Migonemyia, Nyssomyia, Pintomyia e Trichopygomyia. A espécie predominante foi Migonemyia migonei com 744 (84,64%) exemplares, seguida por Nyssomyia intermedia com 96 (10,92%), Pintomyia fischeri com 29 (3,3%) as demais espécimes somaram 10 exemplares (1,14%). Os resultados das coletas confirmaram presença de três espécies vetores de leishmanioses dermatrópicas na região: Migonemyia migonei, Nyssomyia intermedia e Pintomyia fischeri. Por suas características antropofílicas e alta prevalência no peridomicílio das residências, sugere-se que Migonemyia migonei possa atuar como vetor do agente etiológico da LTA nessa área.