Dissertation
Limites e possibilidades da integração entre as políticas nacionais de saúde e assistência social frente às necessidades sociais do câncer infantojuvenil
Fecha
2019Registro en:
MARTINS, Gabrieli Branco. Limites e possibilidades da integração entre as políticas nacionais de saúde e assistência social frente às necessidades sociais do câncer infantojuvenil. 2019. 113 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
Autor
Martins, Gabrieli Branco
Institución
Resumen
Este trabalho teve como objetivo analisar a integração entre as políticas nacionais de saúde e
assistência social frente às necessidades sociais do câncer infantojuvenil. De caráter eminentemente exploratório e qualitativo esta pesquisa utilizou-se de métodos quantitativos e qualitativos para processamento e análise de informações. As estratégias metodológicas adotadas envolveram revisão bibliográfica, análise documental e processamento de dados secundários. À
luz da abordagem teórica do institucionalismo histórico, recorreu-se ao legado institucional das
políticas de saúde e assistência social para compreender de que forma a trajetória prévia e as
normatizações dessas políticas afetaram a integração entre elas e influenciaram na prestação de
serviços na área do câncer infantojuvenil. Nesse sentido, empreendeu-se intensa revisão documental sobre as políticas de saúde e assistência social, visando identificar e compreender seus
arcabouços político institucionais e suas trajetórias no campo da oncologia pediátrica. Além
disso, buscou-se identificar os serviços ofertados pelas políticas de saúde e assistência social
através do mapeamento do número de hospitais habilitados em oncologia pediátrica e de Centros de Referência em Assistência Social. Concluiu-se que os limites para a integração entre as
políticas de saúde e assistência social frente às necessidades sociais do câncer infantojuvenil
são, principalmente, a falta de unidade no conceito de integralidade, a ausência de mecanismos
intersetoriais nos marcos regulatórios dessas políticas, a invisibilidade do câncer pediátrico na
política de controle de câncer, o predomínio de equipamentos privados na oferta de serviços de
saúde e socioassistenciais voltados às crianças e adolescentes com câncer e suas famílias e a
pactuação endógena dessas políticas na conformação de suas redes assistenciais. No tocante às
possibilidades podem-se elencar o ideário integrador da Seguridade Social, o caráter universal
e descentralizado de ambas as políticas, a intersetorialidade prevista na política de assistência
social entre o SUS e o SUAS além da capilarização dos equipamentos de saúde e da assistência
social.