Dissertation
Avaliação do potencial adjuvante de lectinas vegetais na vacinação contra leishmaniose cutânea experimental
Fecha
2002Registro en:
TEIXEIRA, Clarissa Romero. Avaliação do potencial adjuvante de lectinas vegetais na vacinação contra leishmaniose cutânea experimental. 2002. 79 f. 2002. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2002.
Autor
Teixeira, Clarissa Romero
Institución
Resumen
As leishmanioses são causadas por parasitas do gênero Leishmania, importantes parasitas intracelulares de macrófagos que se manifestam em formas clínicas diferentes. A resposta imune celular é a resposta protetora efetiva contra parasitas intracelulares. Já foi demonstrado que algumas lectinas de plantas foram capazes de induzir a produção, por células mononucleares murinas, de óxido nítrico (NO), interferon gama (IFN-y) e IL-12, moléculas importantes em uma resposta celular. No presente trabalho nós investigamos o potencial imunoestimulatório de três lectinas vegetais e avaliamos a possibilidade de utilizá-las como adjuvantes em um modelo de vacinação contra leishmnaniose cutânea experimental. Para avaliar o potencial estimulatório das lectinas, células esplênicas murinas e CMSP humanas foram estimuladas em cultura com as lectinas Canavalia brasiiiensis (ConBr), Pisum arvense (PAA) ou Artocarpus integrifolia (KM(+)) e os sobrenadantes coletados para determinação da produção de IFN-y, IL-10 e IL-4. Todas as lectinas foram capazes de induzir a secreção de IFN-y e uma pequena quantidade de IL-4 por células esplênicas murinas e IFN-y, IL-10 e IL-4 por CMSP humanas. Para avaliação do potencial adjuvante, camundongos C57BL/6 e BALB/c foram imunizados com as lectinas ConBr, PAA ou KM(+) com o antigeno solúvel de Leishmania amazonensis (SLA) ou com o antigeno ou lectinas isoladamente. Antes do desafio com Leishmania amazonensis BA125, os soros dos animais imunizados foram coletados para determinação de IgG ant\-Leishmania. A avaliação da infecção foi monitorada semanalmente pela medida da pata infectada. Apenas os animais imunizados com a lectina PAA e PAA+SLA produziram altos títulos de IgG anW-Leishmania. A resposta celular foi avaliada por uma reação de hipersensibilidade tardia (DTH), realizada dez semanas após o desafio. Não foi possível relacionar a resposta de DTH a um perfil de resistência. Apenas os animais imunizados com a lectina KM(+) foram protegidos parcialmente contra posterior infecção. Apesar das lectinas ConBr, PAA and KM(+) terem demonstrado estimular a secreção de moléculas capazes de direcionar uma resposta imune celular, nossos resultados sugerem que as lectinas testadas não possuem atividade adjuvante na vacinação contra Leishmania amazonensis.