A cultura da mandioca é propagada em todo o Brasil e sua rama é pouco aproveitada devido à ausência de implementos adequados para colheita e processamento. Objetivou-se avaliar a potencialidade da utilização das frações do processamento da rama de mandioca, obtida em plantio adensado, para coelhos. O material foi coletado na Faz. Novo Horizonte, Pres. Tancredo Neves-BA, assistida pela EMBRAPA e constitui de 5 frações denominadas F1, F2, F3, F4 e F5 obtidas pela separação por peneiras, após secagem e processamento, com teor de folhas decrescente de F1 a F5. Determinou-se o conteúdo de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB), cálcio (Ca), fósforo (P), energia bruta (EB) e energia digestível (ED) por predição. Quantificou-se também o teor de compostos cianogênicos, degradabilidade cecal in vitro da MS e MO e produção de gás durante 24 h. As frações F1, F2 e F3 apresentaram conteúdo de compostos cianogênicos próximos ao limite tóxico além de admirável composição químico bromatológica, sendo comparáveis ao feno de alfafa. As taxas máximas de produção de gás foram obtidas nos intervalos de 4 e 6 h de fermentação. A F1 apresentou valor numérico superior para a produção acumulativa de gás (125,49 ml). As frações F1, F2, F3 constituem excelentes alimentos para utilização na alimentação dos coelhos devendo receber um tratamento térmico com temperaturas mais baixas no início do processo.