Anais e Proceedings de eventos
Desafios do manejo de lagartas desfolhadoras de eucalipto.
Registro en:
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 28., 2022, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SEB, 2022.
Autor
WILCKEN, C. F.
SANTOS, F. A.
BARBOSA, L. R.
SOUZA, C. D. de
ZANUNCIO, J. C.
Institución
Resumen
As plantações florestais de eucalipto no Brasil têm problemas com pragas nativas e exóticas. Dentre as pragas nativas, o complexo de lagartas desfolhadoras tem aumentado sua ocorrência nos últimos cinco anos. O complexo é formado por 10 espécies, sendo as mais importantes: Thyrinteina arnobia, Glena unipennaria, G. bipennaria (Geometridae), Sarsina violascens (Lymantriidae), Nystalea nyseus (Notodontidae), Euseudoosoma aberrans e E. involuta (Arctiidae). Entretanto, novas espécies têm ocorrido em grandes surtos, como Eacles manuelita (Saturniidae) e Iridopsis panopla (Geometridae). Desde 2017 a área atacada tem ultrapassado 100 mil ha e atingiu mais de 860 mil ha em 2021, devido aos surtos de I. panopla em MS e SP. As lagartas desfolhadoras são manejadas com aplicações aéreas de bioinseticidas à base de B. thuringiensis, liberações de parasitoides de pupas e de ovos (Trichogramma pretiosum) e de percevejos predadores (Podisus nigrispinus) e inseticidas reguladores de crescimento. Entretanto, o aumento desses surtos pode estar relacionado ao aumento da área plantada de eucalipto e em novas regiões, uso de poucos clones de eucalipto, com baixa variabilidade genética (híbridos de Eucalyptus grandis x E. urophylla) e às mudanças climáticas, com a maior frequência de ocorrência de secas nas regiões produtoras. Os principais desafios são aumentar a produção de parasitoides e predadores para a escala massal, aumentar a oferta de inseticidas químicos e biológicos registrados e desenvolver pesquisas com manejo silvicultural, envolvendo plantios em mosaico e manutenção de sub-bosque no interior dos plantios. Resumo.