Anais e Proceedings de eventos
Sobrevivência de enxertos de araucária em viveiro com materiais genéticos de quatro estados.
Registro en:
In: SIMPÓSIO DA REDE DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS DO NORDESTE, 5., 2021. Recursos genéticos vegetais: inovação com sustentabilidade: anais. UFERSA, 2021. On line.
Autor
FLOSS, P. A.
WENDLING, I.
NESI, C. N.
Institución
Resumen
A Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze é uma espécie de grande importância socioeconômica e ambiental, especialmente na região Sul do Brasil. Nos últimos anos ganhou importância a clonagem da espécie com objetivo principal para produzir pinhões e viabilizar programas de melhormanento e conservação da espécie. Com a enxertia é possível reduzir de forma significativa o início da floração e com isso antecipação na produção de pinhões. O objetivo do trabalho foi avaliar a sobrevivência de enxertos por borbulhia de placa em viveiro, por meio de diferentes clones provenientes de quatro estados do Brasil: Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O trabalho foi desenvolvido em estufa com cobertura plástica no viveiro do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar/Epagri/Cepaf/Chapecó, SC. Os porta-enxertos da araucária foram feitos por propagação seminal, produzidos em sacolas plásticas com aproximadamente cinco litros de volume, com substrato comercial florestal. No momento da enxertia, os porta-enxertos de aproximadamente 20 meses de idade, tinham alturas entre 0,8 m e 1,2 m e diâmetros no local da enxertia entre 8 mm e 15 mm. O material genético para a realização das enxertias foi coletado no jardim clonal da Embrapa Florestas, Colombo, PR, e acondicionado em caixas térmicas com gelo para o transporte. Para a realização dos enxertos foram utilizadas borbulhas de seis materiais genéticos do estado de Santa Catarina, sete do Paraná e três de cada estado de São Paulo e Minas Gerais. O método utilizado na enxertia foi o de borbulhia de placa. A avaliação da sobrevivência da enxertia foi realizada 180 dias após a sua realização, sendo contadas as plantas pegas de cada material genético. Para avaliar a diferença de pegamento dos enxertos entre os Estados, os dados de proporção foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott. A sobrevivência dos enxertos provenientes das borbulhas dos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, que apresentaram percentual de sucesso de 94,4%, 93,0% e 86,0%, respectivamente, diferiram das de Santa Catarina que apresentou 71,0%. Conclui-se que a procedência dos materiais genéticos pode interferir no sucesso da enxertia por borbulhia de placa da araucária.