A sala de recursos multifuncional nos processos de inclusão escolar: percepções sobre suas ( im)possibilidades

Abstract

Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar como professores, coordenadores pedagógicos, diretores e professores assessores de educação inclusiva compreendem o que é a Educação Inclusiva e em específico, o que é a Sala de Recursos Multifuncional (SRM). A partir disso, procuro responder à pergunta: a SRM é vista como um dispositivo de demarcação de território de incapacidades ou dispositivo de inclusão? A pesquisa ocorre no município de Santo André, com a participação de quatro escolas de educação infantil e ensino fundamental e um centro público que é destinado a educação de jovens e adultos. O estudo conta com um levantamento histórico e legal sobre os principais marcos da Educação Inclusiva no país e no município de Santo André, contextualiza a criação e instalação das Salas de Recursos Multifuncionais em âmbito nacional e municipal, e com entrevistas realizadas com interlocutores que atuam diretamente no chão da escola, em diferentes segmentos. As entrevistas são não estruturadas do tipo focalizadas com o intuito de dar liberdade às pessoas para falar. Na análise dos dados coletados tivemos como foco a psicologia histórico-cultural, sendo seu principal representante Vigotski e como método utilizamos os núcleos de significação por nos permitir estudar a relação entre sentido e significado construídos pelo sujeito a partir da realidade da qual ele faz parte. Para apoiar, fez-se uso do Goffman, considerando a análise institucional.