Dissertação de mestrado
Influência da hiperprolactinemia na proliferação celular, apoptose e no colágeno da glândula lacrimal de camundongos fêmeas
Fecha
2015-05-29Registro en:
LEAL, Ariadne Stavare. Influência da hiperprolactinemia na proliferação celular, apoptose e no colágeno da glândula lacrimal de camundongos fêmeas. 2015. 94 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Estrutural e Funcional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.
Autor
Leal, Ariadne Stavare [UNIFESP]
Institución
Resumen
INTRODUÇÃO: Níveis elevados de prolactina podem atuar em vários sistemas do corpo humano, em particular no sistema óptico e na função da glândula lacrimal. OBJETIVOS: Avaliar a influência da hiperprolactinemia na proliferação celular, apoptose e no colágeno da glândula lacrimal de camundongos fêmeas. MATERIAL E MÉTODOS: 40 fêmeas adultas foram divididas aleatoriamente em dois grupos com 20 fêmeas cada: No experimento I (indução à hiperprolactinemia): Grupo Controle, não prenhe (Ctr1: recebeu 0,2 ml de solução salina) e Grupo Experimental, não prenhe (HPrl1: recebeu 200 ug/dia de metoclopramida). As drogas foram administradas subcutaneamente, por 50 dias consecutivos. No 50º dia, foram separadas 10 fêmeas de cada grupo e foram sacrificadas por eutanásia na fase de proestro. As 10 fêmeas restantes de cada grupo foram colocadas para acasalamento na noite do 50º dia, na proporção de 3 fêmeas para cada macho, e na manhã seguinte comprovou-se ao coito pela presença do tampão vaginal, assim, formou-se os grupos do experimento II (indução à prenhes), a saber: Grupo Controle prenhe (Ctr2: recebeu 0,2 ml de solução salina) e Grupo Experimental prenhe (HPrl2: recebeu 200 ug/dia de metoclopramida), as drogas foram administradas Subcutaneamente, por mais 6 dias consecutivos. No 6 º dia de prenhes (dp) as fêmeas foram eutanasiadas. No final de cada experimento o sangue foi coletado, as glândulas lacrimais removidas, fixadas em formaldeído a 10% e em seguida processadas para inclusão em parafina. Cortes histológicos foram feitos: 3 cortes foram destinados à coloração pelo método de Tricrômio de Masson, e 3 cortes foram destinados ao método de imunoistoquímica para imunolocalização da capase-3 clivada (marcador de apoptose) e do PCNA (marcador de proliferação celular). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística utilizando o teste t Student não pareado (p<0,05). RESULTADOS: notou-se pela análise morfológica maior desorganização estrutural das glândulas lacrimais nos grupos tratados com metoclopramida. A quantificação da imunoexpressão na glândula lacrimal revelou menor imunoexpressão da caspase-3 clivada no grupo de animais não prenhe tratados com metoclopramida comparado ao grupo controle não prenhe (p<0,05) e maior imunoexpressão do PCNA nos animais prenhes tratados com metoclopramida comparado ao grupo controle prenhe (p<0,05). A semiquantificação do colágeno total mostrou aumento no grupo de animais não prenhe tratados com metoclopramida comparado ao grupo controle não prenhe controle (p<0,05). Por fim, os níveis séricos de prolactina foram mais elevados em todos os animais tratados com metoclopramida (p<0,05). E os níveis de estradiol e de progesterona foram menores nos animais que receberam metoclopramida no grupo não prenhe comparado ao controle não prenhe (p<0,05). CONCLUSÃO: os resultados sugerem que a desorganização estrutural da glândula lacrimal possivelmente ocorreu pelo desequilíbrio entre a morte e proliferação celular resultando no aumento do colágeno total nos camundongos fêmeas com hiperprolactinêmicas induzida pela metoclopramida. INTRODUCTION: High levels of prolactin can act on various body systems, in particular in the optical system and function of the lacrimal gland. OBJECTIVE: To evaluate the influence of hyperprolactinemia on collagen and on apoptosis and cell proliferation in the lacrimal gland of female mice. MATERIAL AND METHODS: 40 adult female mice were randomly divided into two groups 20 female each: In the first experiment (induced hyperprolactinemia): non-pregnant control group (Ctr1 0.2 mL of saline) and non-pregnant experimental group (HPrl1, 200 ug/day of metoclopramide). The drugs were administered subcutaneously for 50 consecutive days. After 50th days, 10 females were separated from each group and were sacrificed by euthanasia in proestrus phase. The remaining 10 females from each group were put to mate the evening of the 50th day, in the proportion of 3 females per male, and the next morning it was shown by the presence of vaginal plug, thus formed the experimental groups II (induction of pregnancy), as follows: Group pregnant Control (Ctr2: received 0.2 mL saline) and Group pregnant Experimental (HPrl2: received 200 ?g/day metoclopramide) and the drugs were administered subcutaneously for 6 more consecutive days. On the 6th day of pregnancy (dp) females were euthanized. At the end of each experiment blood was collected, the lacrimal glands removed, fixed in 10% formaldehyde, then processed for paraffin embedding. Histological sections were made: 3 cuts were intended for staining Trichrome Masson method, and three cuts were intended for immunohistochemical method for immunolocalization of Capase-3 cleaved (apoptosis marker) and PCNA (cell proliferation marker). Data were statistically analyzed using the Student t test unpaired (p <0.05). RESULTS: It was noted by the morphological analysis major structural disruption of the lacrimal glands in groups treated with metoclopramide. The quantification of immunostaining in the lacrimal gland revealed lower immunostaining of cleaved caspase-3 in the non-pregnant group of animals treated with metoclopramide compared to nonpregnant control group (p <0.05). And increase of PCNA immunostaining in pregnant animals treated with metoclopramide compared to pregnant control group (p <0.05). The quantification showed increased total collagen in the nonpregnant group of animals treated with metoclopramide compared to nonpregnant control group (p <0.05). Finally, the serum prolactin levels were higher in all animals treated with metoclopramide (p <0.05). And the estradiol and progesterone levels were lower in animals that received metoclopramide in non pregnant group compared with controls not pregnant (p <0.05). CONCLUSION: The results suggest that structural disruption of the lacrimal gland was possibly by an imbalance between proliferation and cell death resulting in an increase of total collagen in female mice with hyperprolactinemia induced by metoclopramide.