Dissertação de mestrado profissional
Caracterização do desempenho motor de tornozelos normais através da avaliação isocinética
Fecha
2021Autor
Fonseca, Lucas Furtado Da [UNIFESP]
Institución
Resumen
Introduction: the isokinetic test has been used in a diffuse way to evaluate the functional results after the rehabilitation of musculoskeletal injuries. In the ankle, in particular, most studies are related to injuries of the lateral ligaments and the Achilles tendon, without the use of normative values. Methods: 200 ankles were evaluated using the Biodex 3 System for the movements of eversion, inversion, extension, and plantar flexion of the ankle. The sample consisted of individuals aged between 20 and 60 years, with an active life and practicing recreational physical activity (non-athlete) and without previous injuries. The protocol used was five repetitions for torque and work at a speed of 30º/sec and 10 repetitions for power, at a speed of 120º/sec. The agonist/antagonist ratio, the Muscular Deficiency Index, Limb Simmetry Index and their relationships with demographic variables were also evaluated. Different statistical analyzes were performed for each parameters and ratios. Results: the mean age was 38.5 years and the BMI was 25.8 in 69 men and 31 women. In 78 participants, the dominant ankle was the right one. The non-dominant side was consistently stronger in every moviment. The mean values obtained for the torque in each movement were 29.9 N/m for eversion, 34.8 N/m for inversion, 48.6 N/m for extension, and 140.2 N/m for flexion. Such parameters for men and women were also obtained and there was no correlation between age or BMI with maximum torque. The evertors/inverters ratio was 88.8% and the extensor/flexor ratio was 36.1%. The Muscular Deficiency Index and Limb Simmetry Index showed a balance between the sides for each movement, with an average global difference of less than 10% between them (eversion 8.66; inversion 4.2; extension 3.41 and flexion 5.18). Conclusion: the sample, although not stratified, was considered homogeneous, which allows to propose different normative values for a non-athlete population in the isokinetic test of the ankle. The non-dominant side was stronger in the assessment of the 200 healthy ankles. Values of torque forces and agonist/antagonist balances have been proposed. The results have implications for rehabilitation protocols and returnto- sport criteria. Introdução: o teste isocinético tem sido utilizado de forma difusa para de avaliar os resultados funcionais após a reabilitação de lesões musculoesqueléticas. No tornozelo, em particular, a maioria dos estudos está relacionada às lesões dos ligamentos laterais e do tendão de Calcâneo, sem o uso de valores normativos. Métodos: foram avaliados 200 tornozelos utilizando o Biodex 3 System para os movimentos de eversão, inversão, extensão e flexão plantar do tornozelo. A amostra foi composta por indivíduos de 20 a 60 anos, com vida ativa e prática de atividade física recreativa (não atleta) e sem lesões prévias. O protocolo utilizado foi de cinco repetições para o torque e trabalho a uma velocidade de 30º/seg e 10 repetições para potência, a uma velocidade de 120º/seg. Também foram avaliados a relação agonista/antagonista, o Índice de Deficiência Muscular, o Índice de Simetria dos Membros e suas relações com as variáveis demográficas. Diferentes análises estatísticas foram realizadas. Resultados: a média de idade foi de 38,5 anos e o IMC de 25,8 em 69 homens e 31 mulheres. Em 78 participantes, o tornozelo dominante foi o direito. O lado não dominante foi consistentemente mais forte em todos os movimentos. Os valores médios obtidos para o torque em cada movimento foram 29,9 N/m para eversão, 34,8 N/m para inversão, 48,6 N/m para extensão e 140,2 N/m para flexão. Tais parâmetros para homens e mulheres também foram obtidos e não houve correlação entre idade ou IMC com o torque máximo. A relação eversores/inversores foi de 88,8% e extensores/flexores de 36,1%. O Índice de Deficiência Muscular mostrou um equilíbrio entre os lados para cada movimento, com uma diferença global média inferior a 10% entre eles (eversão 8,66; inversão 4,2; extensão 3,41 e flexão 5,18). Conclusão: a amostra, embora não estratificada, foi considerada homogênea, o que permite propor diversos valores normativos para uma população não atleta na avaliação isocinética do tornozelo. O lado não dominante foi mais forte nesta avaliação dos duzentos tornozelos sadios. Valores de forças de torque e de equilíbrios agonistas/antagonistas foram propostos. Os resultados têm implicações para os protocolos de reabilitação e critérios de retorno aos esportes.