Análise do dimorfismo sexual de crânios subadultos brasileiros: um estudo morfométrico geométrico

Abstract

Introdução: O Brasil apresenta características populacionais únicas, o que faz com que as conclusões de estudos antropológicos previamente realizados em populações de outros lugares do mundo possam não refletir a realidade brasileira. Como, na antropologia forense, características cranianas são importantes para o auxílio na determinação do perfil biológico de restos mortais, elucidar a morfometria dos crânios subadultos brasileiros irá contribuir para investigações antropológicas dessa população. Metodologia: Serão estudados crânios secos pertencentes ao Museu de Crânios da Universidade Federal de São Paulo. O perfil dos crânios será fotografado e dezenove pontos craniométricos que estão localizados no contorno do crânio serão marcados digitalmente para posterior análise por morfometria geométrica. Resultados: Os três primeiros componentes principais da Análise de Componentes Principais de todos os grupos analisados acumularam uma variância entre 66,0% e 81,8%. Apesar de haver variação de forma principalmente nas regiões dos ossos frontal e occipital, nossos resultados demonstram que há pouco dismorfismo sexual quantificável de forma na amostra brasileira subadulta. Porém, os resultados observados mostram evidências de que considerar as trajetórias alométricas de crescimento dos crânios subadultos, e suas diferenças entre os sexos feminino e masculino, pode ser uma abordagem promissora para auxiliar na determinação do sexo de crânios subadultos.