A Construção da Identidade Corporal na Revista Cláudia (1960-1965)

Abstract

The present work will take as an guiding objective search the representations of body conveyed by the magazine Cláudia during 1960 to 1965. In the contemporaneity, the relation between the individual and his body became singular, marked by the paradox of the increase in value of the physicals and esthetics forms while identity of the subjects, but also for his subjugation, while incomplete organism – draft being corrected constantly. The criterions of modernity, scientificity, practicality, individuality, added from the culture of the worship to the body were stipulating the relation of the individuals with his owns bodies. In the studied period, with the expansion of the urbanization, the aversion intensified for fat bodies, which were considered, at previous moments, demonstrations of abundance and social prestige. In that way, gradually, with the acting of the feminine publicity, those intolerances were transmitted for a consumer in potential – the women, who started to participate of spaces that previously were destined only to a masculine public, like, for example, the labor market. Therefore, understand the conceptions of body transmitted by the respective magazine in a period of effervescence of the new relative concepts to the bodies will make possible to identify which physical and behaviors parameters were polishing the contents of his principal tools: the matters and the publicity announcements.

O presente trabalho terá como objetivo norteador perscrutar as representações de corpo veiculadas pela revista Cláudia durante o período de 1960 até 1965. Na contemporaneidade, a relação entre o indivíduo e seu corpo tornou-se bastante peculiar, marcada pelo paradoxo da valorização das formas físicas e estéticas enquanto identidade dos sujeitos, mas também por sua subjugação, enquanto organismo incompleto – rascunho a ser corrigido constantemente. Os critérios de modernidade, cientificidade, praticidade, individualidade, acrescidos da cultura do culto ao corpo condicionavam a relação dos indivíduos com seus próprios corpos. No período estudado, com a expansão da urbanização, intensificou-se a aversão por corpos gordos, que eram considerados, em momentos anteriores, manifestações de fartura e prestígio social. Dessa forma, gradualmente, com a atuação da publicidade feminina, aquelas intolerâncias foram transmitidas para um consumidor em potencial – as mulheres, que passaram a participar de espaços que anteriormente eram destinados apenas ao público masculino, como, por exemplo, o mercado de trabalho. Portanto, compreender as concepções de corpo transmitidas pelo respectivo periódico em um período de efervescência dos novos conceitos relativos aos corpos possibilitará identificar quais parâmetros corporais e comportamentais respaldavam os conteúdos de seus principais instrumentos de trabalho: as matérias e os anúncios publicitários.