O corpo negro como território educativo

Abstract

O presente trabalho de conclusão de curso intitulado “O corpo negro como território educativo” está dividido em três partes. A primeira parte apresenta uma discussão a respeito dos corpos negros como território, partindo das concepções de Santos (1985; 1988; 2002; 2008), Foucault (2009), Mondardo (2009), Cruz Hernández (2017) e Haesbaert (2020), abordando, rapidamente, os antecedentes históricos da desigualdade racial e a inserção do negro na atual sociedade brasileira. A segunda parte resgata as conquistas do movimento negro, com atenção no que tange a educação. E a terceira parte busca-se repensar o lugar da mãe solo na sociedade, colocando em evidência a relevância da escolaridade das mães – e, sobretudo, das mães solo negras – posicionando-as como condutoras da reparação, já que, como portadoras da sapiência a ser irradiada, se tornam o centro da reorganização. Visando uma análise que realmente celebre as histórias de luta negra, parto da revisão bibliográfica de diferentes documentos e materiais, com o apoio da semiótica da comunicação (MACHADO; ROMANINI, 2010) com ênfase na lógica exúlica (SOUZA, 2016).