Dissertação de mestrado
Influencia do tabagismo no registro de 24 horas da pressão arterial
Fecha
2005Registro en:
epm-20050712132844GARCIA.pdf
Autor
Morillo, Marcos Galan [UNIFESP]
Institución
Resumen
Diversos estudos epidemiológicos demonstraram que os pacientes fumantes apresentam pressão arterial igual ou menor à dos não-fumantes, quando avaliados em consultório. Esse achado é paradoxal, pois se sabe que o fumo eleva aguda e cronicamente os níveis pressóricos. O presente estudo tem como objetivo avaliar a influência do tabagismo na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas. A casuística selecionada foi de 272 exames, dos quais 211 pacientes eram não-tabagistas e 61, tabagistas. De acordo com o uso ou não de medicação anti-hipertensiva, a amostra dos exames analisados foi dividida em dois grupos. Estes foram subdivididos em mais dois grupos de acordo com o tabagismo, assim foram constituídos: Grupo 1A - com medicação anti-hipertensiva, não-tabagistas; Grupo 113 - com medicação anti-hipertensiva tabagistas, Grupo 2A - sem medicação anti-hipertensiva, não-tabagistas; Grupo 213 - sem medicação anti-hipertensiva, tabagistas. Os pacientes eram usuários de assistências médicas privadas, encaminhados ao serviço CHECK-UP MED de diagnósticos médicos na cidade de São Paulo, de novembro de 2001 a outubro de 2002. Analisaram-se as médias e cargas pressóricas nos períodos de vigília, sono, total (ou de 24 horas) e o descenso noturno. Os resultados mostraram que pacientes tabagistas usuários ou não de medicação anti-hipertensiva têm médias pressóricas sistólicas e diastólicas significativamente mais elevadas que os não-tabagistas durante os períodos de vigília e total. No período noturno, somente nos pacientes tabagistas sem uso de medicação anti-hipertensiva a média pressórica sistólica foi significativamente mais alta. As cargas pressóricas foram mais altas nos tabagistas que usavam ou não medicação em todos os períodos. Não houve diferença no descenso noturno entre os grupos. O estudo permite concluir que, nesta casuística, os indivíduos tabagistas apresentaram, durante a vigília, médias pressóricas sistólicas e diastólicas maiores que as dos não-tabagistas, independentemente do uso de medicação anti-hipertensiva. A variação do descenso noturno sistólico e diastólico entre tabagistas e não-tabagistas, em pacientes com ou sem uso de medicação anti-hipertensiva, não apresentou diferença significativa