Lesões musculoesqueléticas relacionadas ao basquetebol profissional adulto masculino no Brasil: estudo coorte prospectivo

Abstract

Study Design: The design utilized a prospective cohort study. Clinical Relevance Statement: The study shows that most sports injuries in professional male basketball in Brazil occur in the lower limbs, with a higher incidence rate during games than practice, and muscle injuries provided the greatest OSTRC impact among players. Basketball teams in Brazil should consider the use of validated questionnaires, such as OSICS and OSTRC, for the collection of epidemiological data to facilitate their comparison with the literature and to be able to perform preventive and rehabilitation interventions more accurately for sports specific injuries. Introduction: Basketball has one of the highest injury rates among team sports. However, published data investigating basketball-related musculoskeletal injuries (LERBs) in professional players in Brazil are limited. Objective: to investigate the clinical incidence, rate, location, types, severity and nature of LERBs in a Brazilian national male professional basketball championship. Methods: Prospective cohort study with 103 players from a national basketball league. An assessment of the personal characteristics, training characteristics and history of LERBs was carried out. A follow-up every 7 days was carried out for 22 weeks in order to identify new LERBs and exposure to training and games. Results: A total of 103 athletes with a mean age of 28.8 years (SD 5.4 years) reported 164 injuries during the study period (clinical incidence of 1.6 injuries). Of these, 122 (74.4%) occurred in the lower limbs (LL) and 22 (13.4%) in the upper extremity (UEX). A total of 69 injuries (57.9%) were more severe and 127 (77.4%) were acute. The LERB rate was 5.1 injuries per 1,000 hours of training and 79.6 injuries per 1,000 hours of play. The anatomical region most affected by LERBs was the knee (19.5%; n=32), followed by the hip/groin region (15.2%; n=25). Muscle injuries were more frequent (33.5%; n=55) and more severe (4070 points in the OSTRC instrument). Conclusion: The clinical incidence was 1.6 LERBs, the observed rate was 5.1 injuries per 1,000 hours of training and 79.6 injuries per 1,000 hours of play. The anatomical region most affected by LERBs was the knee (19.5%; n=32). Muscle injuries were more frequent (33.5%; n=55) and more severe (4070 points in the OSTRC instrument). Level of evidence: I, Prospective cohort study.

Introdução: O basquetebol possui uma das maiores taxas de lesões entre os esportes de equipe. Entretanto, os dados publicados que investigam as lesões musculoesqueléticas relacionadas ao basquetebol (LERBs) em jogadores profissionais no Brasil são limitados. Objetivo: investigar a incidência clínica, taxa, localidade, os tipos, a gravidade e natureza das LERBs em um campeonato nacional brasileiro masculino profissional de basquetebol. Método: Estudo coorte prospectivo com 103 jogadores de uma liga nacional de basquetebol. Foi realizada uma avaliação das características pessoais, características de treinamento e histórico de LERBs. Um acompanhamento a cada 7 dias foi realizado por 22 semanas a fim de identificar novas LERBs e exposição aos treinos e jogos. Resultado: Um total de 103 atletas com idade média de 28,8 anos (DP 5,4 anos) relataram 164 lesões no período do estudo (incidência clínica de 1,6 lesões). Destas, 122 (74,4%) ocorreram nos membros inferiores (MMII) e 22 (13,4%) nos membros superiores (MMSS). Um total de 69 lesões (57,9%) apresentaram maior gravidade e 127 (77,4%) eram agudas. A taxa de LERBs foi de 5,1 lesões por 1.000 horas de treino e 79,6 lesões por 1.000 horas de jogo. A região anatômica mais acometida pelas LERBs foi o joelho (19,5%; n=32), seguidos da região do quadril/virilha (15,2%; n=25). As lesões musculares tiveram maior frequência (33,5%; n=55) e maior gravidade acumulada (4070 pontos no instrumento OSTRC). Conclusão: A incidência clínica foi de 1,6 LERBs, a taxa observada foi de 5,1 lesões por 1.000 horas de treino e 79,6 lesões por 1.000 horas de jogo. A região anatômica mais acometida pelas LERBs foi o joelho (19,5%; n=32). As lesões musculares tiveram maior frequência (33,5%; n=55) e maior gravidade acumulada (4070 pontos no instrumento OSTRC).