| dc.description.abstract | Introduction: Hematopoietic Stem Cell Transplantation (HSCT) is the therapeutic modality used in the treatment of numerous diseases, benign or malignant, hereditary or acquired, and is the intravenous infusion of hematopoietic progenitor cells, also known as stem cells, with the aim of re-establish marrow function in patients with bone marrow deformities. Objectives: The primary objective of this study was to evaluate the complications related to this transplant, mainly gastrointestinal, hepatobiliary, urinary and pulmonary complications and as a secondary objective to evaluate the incidence, severity and impacts caused on survival, in addition to evaluating the importance of the surgeon during the evolution of these complications. Methods: We retrospectively studied 433 patients treated at the Institute of Paediatric Oncology, IOP-GRAACC/Unifesp, from 2008 to 2017 (10 years), where data were collected from medical records such as identification, primary diagnosis, type of transplant, type of conditioning, cell source, type of complication and outcome. Results: The mean age was 8.8 years, the most frequent primary diseases found in this sample were leukemia (33.5%), lymphoma (13.2%), CNS tumor (11.5%). Around half of the patients underwent autologous transplantation (50.8%) and the other half of the allogeneic type (48.7%). Bone marrow (55.2%) was the most used source of stem cell. About 306 (70.7%) patients underwent chemotherapy, only 1 (0.2%) patient underwent radiotherapy and 126 (29.1%) underwent both conditionings. Most patients had some complication (96.3%). Of the 417 patients with some complication, approximately half had only one (51.3%). About 298 patients had gastrointestinal complications and mucositis was the most common (284/298=95.3%). About 29 (6.7%) patients had some hepatobiliary complication and SOS occurred in 72.4% of cases. Only 9.2% patients had hemorrhagic cystitis, mostly classified as recent (70.0%), grade I (72.5%) and mild (82.5%). Pulmonary complications were also recorded, such as viral pneumonia (14/39=35.9%), bacterial pneumonia (9/39=23.1%), fungal pneumonia (6/39=15.4%), bronchiolitis (2/39=5.1%), GVHD (1/39=2.6%), diffuse alveolar hemorrhage (6/39=15.4%) and pulmonary fibrosis (1/39=2.6%). Only 9 (2.1%) patients had aspergillosis. About 163 (37.6%) patients died, 239 (55.2%) had VSD and 31 (7.2%) had VCD. The most frequent causes among patients who died were disease progression (72.4%). Conclusion: Complications of hematopoietic cell transplantation are age-related, but with changes in care protocols and serial evaluations, we were able to reduce the risk of major complications. | |
| dc.description.abstract | Introdução: O Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é a modalidade terapêutica utilizada no tratamento de inúmeras doenças, benignas ou malignas, hereditárias ou adquiridas, e é a infusão intravenosa de células progenitoras hematopoiéticas, também conhecidas por células-tronco, com o objetivo de restabelecer a função medular nos pacientes com deformidades da medula óssea. Objetivo: O objetivo primário deste estudo foi avaliar as complicações relacionadas a este transplante, principalmente às complicações gastrointestinais, hepatobiliares, urinárias e pulmonares e como objetivo secundário avaliar a incidência, gravidade e os impactos causados na sobrevida, além de avaliar a importância do cirurgião durante a evolução destas complicações. Método: Foram estudados retrospectivamente 433 pacientes tratados no Instituto de Oncologia Pediátrica, IOP-GRAACC/Unifesp, no período de 2008 a 2017 (10 anos) onde foram coletados os dados dos prontuários como identificação, diagnóstico primário, tipo de transplante, tipo de condicionamento, fonte de células, tipo de complicação e desfecho. Resultados: A idade média foi de 8,8 anos, as doenças primárias mais frequentes encontradas nessa amostra foram leucemia (33,5%), linfoma (13,2%), tumor SNC (11,5%). Em torno de metade dos pacientes realizaram transplante do tipo autólogo (50,8%) e a outra metade do tipo alogênico (48,7%). A medula óssea (55,2%) foi a fonte de célula tronco mais utilizada. Cerca de 306 (70,7%) pacientes realizaram quimioterapia, apenas 1 (0,2%) paciente fez radioterapia e 126 (29,1%) realizaram ambos os condicionamentos. A maioria dos pacientes apresentou alguma complicação (96,3%). Dos 417 pacientes com alguma complicação, aproximadamente metade teve apenas uma (51,3%). Cerca de 298 pacientes apresentaram complicações gastrointestinais e a mucosite foi a mais comum (284/298=95,3%). Cerca de 29 (6,7%) pacientes apresentaram alguma complicação hepatobiliar e a SOS ocorreu em 72,4% dos casos. Apenas 9,2% dos pacientes apresentaram cistite hemorrágica, na maioria classificada em recente (70%), de grau I (72,5%) e leve (82,5%). As complicações pulmonares também foram registradas, tais como pneumonia viral (14/39=35,9%), pneumonia bacteriana (9/39=23,1%), pneumonia fúngica (6/39=15,4%), bronquiolite (2/39=5,1%), DECH (1/39=2,6%), hemorragia alveolar difusa (6/39=15,4%) e fibrose pulmonar (1/39=2,6%). Apenas 9 (2,1%) pacientes tiveram aspergilose. Cerca de 163 (37,6%) pacientes foram a óbito, 239 (55,2%) apresentaram VSD e 31 (7,2%) tiveram VCD. As causas mais frequentes entre os pacientes que foram a óbito, destacam-se a progressão da doença (72,4%). Conclusão: As complicações do transplante de células hematopoiéticas estão relacionadas com a idade, porém com mudanças nos protocolos de atendimentos e avaliações seriadas conseguimos reduzir os riscos de complicações maiores. | |
