dc.contributor | Colling, Leandro | |
dc.contributor | Irineu, Bruna Andrade | |
dc.contributor | Almeida, Magali da Silva | |
dc.contributor | Duarte, Marco José de Oliveira | |
dc.contributor | Thürler, Djalma | |
dc.creator | Souza, Simone Brandão | |
dc.creator | Souza, Simone Brandão | |
dc.date.accessioned | 2019-06-26T14:14:43Z | |
dc.date.accessioned | 2023-09-04T17:21:38Z | |
dc.date.available | 2019-06-26T14:14:43Z | |
dc.date.available | 2023-09-04T17:21:38Z | |
dc.date.created | 2019-06-26T14:14:43Z | |
dc.date.issued | 2019-06-26 | |
dc.identifier | Tese | |
dc.identifier | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29951 | |
dc.identifier.uri | https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8611407 | |
dc.description.abstract | Esta tese objetiva compreender de que forma se dá o exercício da sexualidade e a construção e a afirmação das identidades de gênero, sexuais e étnico-raciais entre mulheres negras que se relacionam afetivamente e sexualmente com mulheres na prisão, a partir de pesquisa realizada no Conjunto Penal de Feira de Santana, unidade prisional do estado da Bahia. O Estudo, que utiliza a perspectiva interseccional, tem a proposta de evidenciar se, nas relações estabelecidas na prisão, estão manifestas, entre as mulheres em situação de encarceramento, a resistência
e/ou a submissão à discriminações como racismo, sexismo e lesbofobia. Analisa de que forma a prisão, instituição punitiva racializada, estrutura-se historicamente enquanto mecanismo disciplinar e como operacionaliza, através de suas práticas normativas, gênero, raça e sexualidade. Aborda também o surgimento das prisões femininas e demonstra a forma como as construções sobre gênero, raça e sexualidade constituem a cultura prisional, subsidiando processos de normalização e controle das mulheres em situação de encarceramento. O estudo ainda realiza uma discussão conceitual e histórica da categoria "gênero" através de diferentes teóricas feministas, faz uma incursão na construção da lesbianidade, a partir de vertentes do pensamento lésbico contemporâneo; ainda como percurso teórico, aborda a teoria feminista negra e se apropria da perspectiva interseccional. Do ponto de vista metodológico,
utiliza a etnopesquisa implicada de forma a articular implicações histórico-existenciais e estruturo-profissionais, que trazem para esta pesquisa uma perspectiva distinta, com sentidos entrelaçados e atravessada pelas identidades e posicionamentos da pesquisadora. Utiliza, como instrumentos metodológicos de investigação, entrevistas narrativas, observação participante, oficinas temáticas e produção áudio-visual de vídeo, Apresenta breve perfil das mulheres negras em situação de encarceramento que se relacionam afetiva e sexualmente com mulheres, e demonstra que, a despeito de as práticas e discursos da prisão reiterarem a
heteronorma, esta é transgredida e desestabilizada por muitas mulheres no cárcere, através da
transposição dos limites de gênero e sexualidade a partir da reinvenção do próprio corpo e da sexualidade ao vivenciarem novas expressões da sexualidade com as relações afetivas e sexuais entre mulheres ou relações lésbicas. O estudo conclui que as identidades de gênero são desestabilizadas pelas mulheres na prisão através de uma explosão de categorias que elas performatizam, rasurando as construções binárias de gênero e inventando novas
masculinidades femininas. Estas novas (re)construções de gêneros e sexualidades resultam na produção de diversos arranjos identitários que resistem à normatividade, como a "lady", o "viado", a "lailou", o "cabra safado", a "mulher meio homem", a "lésbica" e a "entendida". A pesquisa confirma que a identidade lésbica ou a relação afetiva e sexual de mulheres em
situação de encarceramentos é algo fluído, temporal e processual, construído a partir do encarceramento e apesar dele, sendo possibilidade de libertação da heterossexualidade compulsória, mesmo que efemeramente, e propiciada pelo afastamento da família e demais instituições às quais pertenciam, vigilantes do cumprimento das normas de gênero e
sexualidade. Por fim, confirma a sororidade ou o "continuum lésbico", construído entre as mulheres na prisão, como rota de fuga e deslocamento da heteronorma. | |
dc.description.abstract | This thesis aims to understand how works the exercise of sexuality and the construction and
affirmation of gender, sexual and ethnic racial identities among black women who relate
affectively and sexually with women in prison. It is based on research carried out in the
“Conjunto Penal de Feira de Santana”, a prison unit in the state of Bahia, Brazil. The study,
which uses the intersectional perspective, has the purpose of showing whether there is
resistance and/or if among these incarcerated women are being subjected to discrimination
such as racism, sexism and lesbophobia. It analyzes how prison, a racialized punitive
institution, structures itself historically as a disciplinary mechanism and as it operates, through
its practices, normative gender, race and sexuality. It addresses the emergence of female
prisons, and demonstrates how constructions on gender, race and sexuality constitute the
prison culture by subsidizing processes of normalization and control of women incarcerated.
The study still carries out a conceptual and historical discussion of the gender category
through different feminist theorists. It makes an incursion into the construction of lesbianity,
starting from the contemporary lesbian thinking, and also, as a theoretical course, it
approaches the black feminist theories when appropriates the intersectional perspective. From
the methodological point of view, it uses the ethno applied research in order to articulate
historical-existential and structural-professional implications, which bring to this research a
distinct perspective, with intertwined senses and traversed by the researcher's identities and
positions. It uses narratives, interviews, participant observation, thematic workshops and
audiovisual production as methodological research instruments. It presents a brief profile of
incarcerated black women who are affectively and sexually related to women and shows that
despite prison practices and speeches reiterating heteronorma, they are transgressed and
destabilized by many women in prison by transposing gender boundaries and sexuality from
the reinvention of their own body and from sexuality when they experience new expressions
of sexuality with the affective and sexual relations between women or lesbian relationships.
The study concludes that gender identities are destabilized by women in prison through an
explosion of performative categoriesas gender binary constructions and inventing new
feminine masculinities. These new (re) constructions of genres and sexualities result in the
production of diverse identitary arrangements and terms that resist normativity: the femme,
the fag, the lailou, the sergeant, the butch, the lesbian, and the dyke. The research confirms
that the lesbian identity or the affective and sexual relationship of women in situations of
incarceration is something fluid, temporal and procedural. It is constructed from the
incarceration and in spite of it, it is a possibility of liberation of compulsory heterosexuality
resulted by the distance of their families and other institutions they belonged to and keep
maintaining the norms of gender and sexuality. Finally it confirms the sorority or the lesbian
continuum, constructed among the women in the prison, like route of escape and displacement
of heteronorma. | |
dc.description.abstract | Cette thèse vise à comprendre comment la sexualité est exercée et la construction et
l'affirmation des identités de genre, sexuelles et ethno-raciales chez les femmes noires qui ont
un lien affectif et sexuel avec les femmes en prison, sur la base de recherches menées dans La
prison de Feira de Santana, une prison de l'État de Bahia. L'étude, qui utilise la perspective
intersectionnelle, a pour but de mettre en évidence la résistance et / ou la soumission à la
discrimination, telles que le racisme, le sexisme et la lesbophobie, chez les femmes en
situation d'emprisonnement. Il analyse comment l'emprisonnement, institution punitive
racialisée, se structure historiquement comme un mécanisme disciplinaire et opère à travers
ses pratiques normatives, le genre, la race et la sexualité. Il aborde également l'émergence des
prisons pour femmes et montre comment les constructions sur le genre, la race et la sexualité
constituent la culture carcérale, en soutenant les processus de normalisation et de contrôle des
femmes incarcérées. L'étude fait également une discussion conceptuelle et historique de la
catégorie “genre” par différents théoriciens féministes, fait une incursion dans la construction
de lesbianisme des courants de pensée lesbienne contemporaine; encore comme un cours
théorique, approche la théorie féministe noire et s'approprie la perspective intersectionnelle.
D'un point de vue méthodologique, il utilise la etnopesquisa implicite afin d'articuler les
implications historiques et existentiels et-professionnels structurels qui apportent à cette
recherche une perspective différente, avec la façon entrelacée et traversé les identités et les
positions du chercheur. Utilise des outils méthodologiques pour la recherche, des interviews
narratives, l'observation des participants, des ateliers thématiques et la production vidéo
audiovisuelle, présente un bref profil des femmes noires en situation d'incarcération affective
et relations sexuelles avec des femmes, et démontre que, malgré pratiques carcérales et les
discours réitèrent l'hétéro-norme, c'est transgressée et déstabilisé par de nombreuses femmes
en prison, par la transposition des frontières du genre et de la sexualité de la réinvention de
son corps et de la sexualité quand ils éprouvent de nouvelles expressions de la sexualité avec
des relations affectives et les relations sexuelles entre les femmes ou les relations lesbiennes.
L'étude conclut que les identités de genre sont déstabilisés par les femmes en prison par une
explosion des catégories qu'ils performatizam, rasurando constructions de genre binaire et
inventer une nouvelle masculinité féminine. Ces nouvelles (re) constructions de genres et de
sexualités aboutissent à la production de divers arrangements identitaires qui résistent à la
normativité, tels que "dame", "fagot", "lailou", le "lesbienne" et le "compris". La recherche
confirme que l'identité lesbienne ou femmes relation affective et sexuelle dans la situation des
incarcérations est un peu fluide, et la procédure temporelle, construit à partir de l'incarcération
et malgré qu'il soit la possibilité de libération de l'hétérosexualité obligatoire, même
transitoirement, et apaisés par le retrait de la famille et des autres institutions auxquelles ils
appartiennent, vigilants de l'accomplissement des normes de genre et de sexualité. Enfin, il
confirme la sororité ou le continuum lesbien, construit parmi les femmes en prison, comme
une voie d'évasion et de déplacement de l'hétéronorma. | |
dc.language | pt_BR | |
dc.publisher | Instituto de Humanidades, Artes e Ciências | |
dc.publisher | Programa Multidisciplinar de Pós Graduação em Cultura e Sociedade | |
dc.publisher | UFBA | |
dc.publisher | Brasil | |
dc.rights | Acesso Aberto | |
dc.subject | Lésbicas | |
dc.subject | Prisão | |
dc.subject | Gênero | |
dc.subject | Sexualidade | |
dc.subject | Raça | |
dc.subject | Prisioneiras - Feira de Santana, Bahia | |
dc.subject | Negras | |
dc.subject | Racismo | |
dc.subject | Identidade de gênero | |
dc.subject | Feminismo negro | |
dc.title | Lésbicas, entendidas, mulheres viados, ladies: as várias identidades sexuais e de gênero que reiteram e subvertem a heteronorma em uma unidade prisional feminina da Bahia | |
dc.type | Tese | |