Trabalho de Conclusão de Curso
Incorporação de metais traço no esqueleto do coral Siderastrea stellata VERRILL, 1868
Fecha
2018-10-02Autor
Mendonça Filho, Carlos Valério Silveira
Institución
Resumen
Após a descoberta do bandamento no esqueleto dos corais na década de 70, e da
incorporação de metais traço, o potencial de registro ambiental (proxy) dos corais tem sido
utilizado no mundo todo, por diversos pesquisadores. Uma das grandes dificuldades em
mensurar a concentração dos metais traço, incorporados na estrutura esquelética dos
corais, é eliminar a contaminação, decorrente da coleta e do manuseio das amostras, no
momento do corte com serra diamantada, assim como do pré-tratamento das amostras.
Para tanto, diversos procedimentos de descontaminação foram desenvolvidos para o prétratamento
das amostras coralíneas. No entanto, nenhuma destas metodologias descreve
como cada etapa do procedimento atua nas amostras, ou quais são os metais removidos e
as características destas remoções. Neste trabalho foram avaliados, a taxa de crescimento
para colônias do coral Siderastrea stellata, três procedimentos de descontaminação
(Guzmán e Jarvis (1996), Bastidas e Garcia (1999) e David (2003)) e quais metais
relacionados a contaminação ambiental são incorporados na matriz esquelética do coral S.
stellata . Os resultados mostraram que as colônias coletadas na Baia de Todos os Santos
apresentaram uma taxa média de extensão linear de 3,8 ± 0,4 mm/ano. Para as amostras
esqueléticas de coral Siderastrea stellata, ocorre contaminação principalmente pelos metais
Fe, Ni, Cu e Zn. Esta contaminação pode estar relacionada à manipulação das amostras por
instrumentos metálicos. Os metais traço incorporados no esqueleto do coral S. stellata
foram Co, Fe, Se, Ni, V, Al, Mn, Zn, Ba e Cu. After the discovery of density bands in the coralline skeleton in the 70s, as well as
incorporation of trace elements, the potential of environmental recording (proxy) of corals has
been used on a worldwide basis, by different researchers. One of the major difficulties faced
to measure the concentration of trace elements incorporated by the coralline skeleton matrix
consists in eliminating the contamination derived from handling during sample cutting with
the diamond-type circular saw and pre-treatment of samples. In order to achieve such goal,
different decontamination methods were developed for application during the pre-treatment
of coralline samples. However none of those methodologies describe how every step of the
procedure affects the samples or which metals are removed, or the characteristics of such
removal. The scope of this study included assessment of growth rate for coral Siderastrea
stellata; comparison among three decontamination methods [Guzmán & Jarvis (1996),
Bastidas & Garcia (1999) and David (2003)] and identification of which metals associated
with environmental contamination are incorporated by the skeletal matrix of coral S. stellata.
The results obtained show that the colonies collected at the Todos os Santos Bay present an
average linear extension corresponding to 3,8 ± 0,4 mm/year. Contamination was found for
skeletal samples of S. stellata, mainly by metals Fe, Ni, Cu and Zn. Such contamination may
be associated with metallic tools used during sample handling. The trace metals
incorporated into the coralline skeleton were Co, Fe, Se, Ni, V, Al, Mn, Zn, Ba and Cu.