Artigo de Periódico
Food consumption pattern and obesity in preschool children in Feira de Santana, Bahia, Brazil.
Fecha
2017-10Registro en:
Rev. Nutri., v.30, n.5, p. 639-650
Autor
Gomes, Karina Emanuella Peixoto de Souza
Costa, Maria Conceição Oliveira
Veira, Tatiana de Oliveira
Matos, Sheila Maria Alvim de
Vieira, Graciete Oliveira
Institución
Resumen
Objetivo: Avaliar a associação entre padrões de consumo alimentar e a obesidade de pré-escolares em Feira de Santana, Bahia. Métodos: Análise transversal de 813 crianças de uma coorte de nascidos vivos de base populacional, iniciada em 2004 em Feira de Santana, Bahia. O estado antropométrico entre menores de quatro anos foi avaliado por meio do cálculo do índice de massa corporal, sendo a obesidade/obesidade grave definida em escore Z (>+2). O Questionário de Frequência Alimentar foi o instrumento utilizado para identificar os padrões alimentares por meio da análise fatorial de componentes principais. A associação entre a obesidade e os padrões de consumo alimentar foi avaliada mediante teste Qui-quadrado de Pearson e da regressão logística, tomando-se como critério de associação, valor de p<0,05. Resultados:
A obesidade para idade foi observada em 12,7% das crianças estudadas. Foram identificados quatro padrões alimentares: padrão alimentar 1 (leite e derivados, verduras e tubérculos, cereais, leguminosas, frutas e pescados); padrão alimentar 2 (salgadinhos, refrigerante/sucos artificiais, óleos e gorduras, doces e café/chá); padrão alimentar 3 (embutidos, fast-food, catchup/maionese e ovos); e, padrão alimentar 4 (frango e carnes vermelhas). A obesidade mostrou-se estatisticamente associada à alta adesão ao padrão alimentar 3 (OR=1,92;C95%=1,01-3,66). Conclusão: Os resultados da pesquisa mostraram que a elevada ingestão de alimentos altamente energéticos (padrão alimentar 3) foi fator contributivo para a ocorrência da obesidade na infância. Estes dados reforçam a necessidade de políticas públicas e programas de educação alimentar, nas unidades de saúde e escolas, para mudança dos hábitos alimentares das crianças, importante preditor de problemas nutricionais.