Dissertação
Potencial antibiótico, antioxidante e teste de letalidade frente Artemia salina de extratos de Gracilaria (Rhodophyta, Gracilariales)
Fecha
2017-10-02Autor
Santos, Patrícia Soares dos
Institución
Resumen
A costa nordeste brasileira é caracterizada pela ocorrência de algas que produzem polissacarídeos, tais como espécies do gênero Gracilaria (agarófitas). No entanto, há uma escassez de publicações sobre o potencial bioativo dos compostos do metabolismo secundário, principalmente para as espécies de ocorrência no litoral baiano. Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial antibiótico, antioxidante, bem como, realizar teste de letalidade dos extratos etanólicos para o gênero em questão. As espécies Gracilaria cervicornis, Gracilaria curtissiae, Gracilaria domingensis, Gracilaria ferox e Gracilaria smithsoniensis, foram investigadas. O potencial antibiótico foi analisado através do método de difusão em disco, frente a bactérias Gram-positivas (Bacillus subtillis (ATCC 6633); Micrococcus luteus (ATCC 10240); Staphylococcus aureus (ATCC 6538)) e Gram-negativas (Escherichia coli (ATCC 94863) e Pseudomonas aeruginosa (15442)); o extrato de G. cervicornis (Gce-PM) foi responsável pela formação de um halo inibitório de aproximadamente 8 mm para a bactéria Bacillus subtilis. A capacidade antioxidante foi positiva para a maioria das espécies e avaliada através de três ensaios – DPPH, FRAP e Fenóis Totais – dentre as espécies testadas, G. smithsoniensis obteve maior percentual redutor, quando observada a concentração de 400 μg/mL, sugerindo uma forte correlação entre os resultados de dosagem de fenóis e aqueles obtidos nos ensaios de DPPH e FRAP. O ensaio de letalidade frente a Artemia salina evidenciou quatro extratos tóxicos para a concentração de 1 mg/mL, estes representados pelas espécies Gracilaria cervicornis – Gce-B, Gracilaria domingensis, Gracilaria curtissiae, Gracilaria ferox. Os resultados do presente trabalho caracterizam-se como inéditos para as espécies do gênero Gracilaria ocorrentes na costa da Bahia. E entre as espécies analisadas, G. smithsoniensis apresenta-se como promissora, uma vez que apresentou um potencial antioxidante interessante e nenhuma toxicidade, o que a torna alvo de novos estudos para verificar os benefícios para a indústria como um aditivo em produtos alimentícios e cosméticos