Influência do Diabetes Mellitus nas respostas rápida, precoce e sustentada ao tratamento da Hepatite C em pacientes acompanhados num centro de referência em Salvador .

Abstract

Comorbidades como o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), ou resistência a insulina (RI), vêm se mostrando como fatores de pior prognóstico e importante influência na resposta ao tratamento da Hepatite C. Ambos se configuram um risco para a falha terapêutica nos pacientes com HCV. A resistência à insulina e hiperinsulinemia podem bloquear o efeito produzido pelo interferon(IFN), levando assim indivíduos com DM2 a uma diminuição da taxa de resposta ao tratamento e aumento do risco de desenvolvimento de esteatose e da progressão da fibrose hepática.Métodos:Estudo descritivo, exploratório e retrospectivo de revisão de prontuários para avaliar fatores preditivos, como o DM2, nas respostas rápida, precoce e sustentada ao tratamento da hepatite C em pacientes acompanhados em um Serviço de Hepatologia.Objetivo: Avaliar a frequência e a associação do diabetes mellitus com fatores biológicos e histológicos do paciente com Hepatite C crônica e com a resposta virológica rápida, precoce Hepatologia.Resultados: Foram analisados resultados de 96 pacientes, e os dados avaliados foram grau de fibrose, resposta ao tratamento nas semanas 04, 12, 48. O valor reduzido de pacientes avaliados não nos levou a resultados estatisticamente significantes, entretanto todas as análises sugerem resultados concordantes com a literatura – que o diabetes mellitus tipo 2 e a resistência a insulina são fatores que influenciam tratamento.Conclusão: A resistência a insulina e o DM2 estão relacionados à menor resposta rápida, precoce e sustentada ao tratamento da hepatite C. Por se tratar de um estudo piloto com amostra de conveniência, o número de pacientes participantes ainda não foi suficiente para que inferências estatísticas sejam feitas, entretanto todas as análises foram compatíveis com a literatura descrita sobre o assunto.