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Desenvolvimento de um protocolo para embriogênese somática indireta em Eugenia uniflora (Myrtaceae)
Autor
Franco, Lucas Barasuol
Institución
Resumen
Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Eugenia uniflora L. (pitangueira) é uma espécie-chave da Mata Atlântica e pertencente à família Myrtaceae. A pitangueira apresenta importância ecológica, produz óleos essenciais e compostos secundários para elaboração de cosméticos e fitoterápicos. O presente trabalho objetivou o desenvolvimento de um protocolo para embriogênese somática indireta in vitro de pitangueira. Sementes maduras foram germinadas in vitro em frascos de cultivo. Segmentos nodais de plântulas exênicas in vitro foram segmentados e introduzidos em placas de Petri com diferentes meios de indução calogênica compostos por meio MS suplementado, e compondo dois ensaios experimentais. O primeiro ensaio experimental para indução de calogênese foi realizado a partir da submissão de segmentos nodais inteiriços em diferentes concentrações entre ANA e TDZ, compondo dois tratamentos. O segundo ensaio ocorreu a partir da submissão de segmentos nodais inteiriços e em dois métodos de thin cell layer (TCL), em diferentes concentrações entre ANA, 2,4-D, TDZ e BAP, compondo nove tratamentos em esquema fatorial simples 3x3. Os dados das variáveis de porcentagem de resposta calogênica e de oxidação de explantes foram submetidos ao teste de Duncan (p>0,05). Os calos embriogênicos foram maturados a partir do acréscimo crescente de ABA e/ou BAP e exposição à luminosidade, sendo avaliados histologicamente pela submissão ao método de coloração por Carmin acético. Apenas 10% das sementes introduzidas in vitro contaminaram e 87% germinaram. No primeiro ensaio experimental, ambos os tratamentos apresentaram 100% de formação de calos totais. No segundo ensaio, destacaram-se T2, T4, e T9, sendo que a maior efetividade ocorreu em T4 (SMI em 5 µM ANA + 5 µM TDZ), apresentando um índice de 98,4% de formação de calos. Após 60 dias de cultivo os calos apresentaram células isodiamétricas com potencial embriogênico, as quais foram confirmadas pela análise histológica. Entretanto, a conversão e maturação dos embriões somáticos para a espécie são desafiadores.