dc.description.abstract | Este trabalho apresenta a trajetória de Edíria Carneiro (1918-2011), uma artista plástica baiana, que desde jovem militou no Partido Comunista do Brasil. Embora Edíria seja lembrada como artista e militante política em alguns sítios web dedicados à arte ou ao Partido Comunista nos seus últimos anos de vida, a hegemonia não permitiu, até hoje, que Edíria fosse visibilizada totalmente no espaço brasileiro das artes (ainda controlado pela academia com tendência europeia e falocêntrica). O método é qualitativo com emprego de uma pesquisa documental e outra de campo, com entrevistas (a distância) ao filho de Edíria, João Carlos Amazonas. Obtiveram-se valiosos dados que permitiram descobrir e valorizar a vida pessoal, artística e militante desta artista, conseguindo apresentar suas pinturas e gravuras que denunciam, através da linguagem visual, as diferenças sociais do Brasil e o sofrimento das classes trabalhadoras. Conclui-se que o esquecimento proposital de Edíria é a forma que a classe hegemônica brasileira mantém para invisibilizar e/ou diminuir o valor artístico dela que, como muitas outras, são “apagadas” da história do Brasil por não pertencerem ao círculo restrito da indústria cultural, e também por ser do gênero feminino. | |