Introduction: In December 2019, the transmission of a new Coronavirus (SARS-Cov2) that causes Coronavirus disease 2019 (COVID-19) was identified. Respiratory tract disease has as its main means of contamination the contact with virus particles through secretions from the respiratory tract that may be present in the aerosol clouds, and because of the proximity of contact between professional-patient, oral healthcare professionals (dental surgeons, dental assistants, and dental hygienist), are at greater risk of infection by COVID-19. During the pandemic, there was an abrupt change in the work environment of numerous professionals, including that of oral health teams. Changes resulting from work can potentiate feelings of fear and anxiety and interfere with the mental health of health professionals during the pandemic. Objective: Analyze the factors associated with occupational stress related to dental practice performed by oral health professionals who work in Primary Health Care. Methodology: This research corresponds to a part of a multicenter study carried out in the South Region in Brazil and used data on professionals from the public dental services of Primary Health Care in the state of Paraná. The sample was obtained by sending an online questionnaire (Google Forms®) by e-mail from the Regional Councils of Dentistry and publicizing the research on social networks. The occupational stress outcome was measured through the question: “I feel anxious and worried to work properly in the dental practice during the COVID-19 pandemic”, with a Likert-type agreement scale response. The instrument was validated in a pilot study. Data were analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences – SPSS and Stata for Windows programs. Absolute frequencies and percentages were measured for categorical variables, as well as means (± standard deviations) and median (± interquartile ranges) for numerical variables. The associations between the outcome and the explanatory variables, by professional category (dental surgeons and hygienists/assistants), were obtained using nonparametric tests for independent samples: Pearson's chi-square and Mann-Whitney U test. In addition, Prevalence Ratios (with confidence intervals at 95%) were obtained, crude, and adjusted by professional category, using robust Poisson regression. Results: 79.4% of PHC oral health professionals felt anxious or worried during some moment of the first wave of the pandemic in the state of Paraná and there were no significant differences between the professional categories. Professionals who presented risk factors for COVID-19 showed to be more anxious/concerned, the same is repeated for professionals working in places that do not question patients about possible symptoms for COVID-19, at the time of appointment scheduling and when there is a lack of a minimum distance of 1 meter inside the waiting rooms. Professionals who answered that they “never” or “almost never” clean and disinfect the suction hoses at each service and undress as recommended, were more anxious and worried. Conclusion: Oral health professionals working in PHC reported being anxious and/or worried to provide dental care to the population.Introdução: Em dezembro de 2019 houve a identificação da transmissão de um novo Coronavirus (SARS-Cov-2) causador da Coronavirus disease 2019 (COVID-19). A doença de vias respiratórias, tem como principal meio de contaminação o contato com partículas do vírus por meio de secreções provindas do trato respiratório que podem estar presentes nas nuvens de aerossóis, e por causa da proximidade de contato entre profissional-paciente, os profissionais de saúde bucal (cirurgiões-dentistas, Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal), apresentam maior risco de infecção pela COVID-19. Durante a pandemia, houve uma mudança abrupta no ambiente de trabalho de inúmeros profissionais, incluindo o das equipes de saúde bucal. Mudanças decorrentes do trabalho podem potencializar os sentimentos de medo e a ansiedade e vir a interferir na saúde mental dos profissionais de saúde durante a pandemia. Objetivo: Analisar os fatores associados ao estresse ocupacional relacionado a prática odontológica realizada pelos profissionais de saúde bucal que trabalham na Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Essa pesquisa corresponde ao recorte de um estudo multicêntrico realizado na Região Sul, e utilizou os dados sobre profissionais dos serviços odontológicos públicos da Atenção Básica a Saúde do estado do Paraná. A amostra foi obtida a partir do envio de um questionário on-line (Google Formulários®) por e-mail dos Conselhos Regionais de Odontologia e divulgação em redes sociais da pesquisa. O desfecho estresse ocupacional foi aferido por meio da questão: “Me sinto ansioso e preocupado para trabalhar adequadamente na prática odontológica durante a pandemia da COVID-19”, com resposta em escala do tipo Likert de concordância. O instrumento foi validado em estudo piloto. Os dados foram analisados com os programas Statistical Package for the Social Sciences – SPSS e Stata para Windows. Foram aferidas as frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas, bem como médias (± desvios-padrão) e mediana (± intervalos interquartilicos) para as numéricas. As associações entre o desfecho e as variáveis explicativas, por categoria profissional (cirurgiões-dentistas e técnicos/auxiliares), foram obtidas utilizando-se testes não paramétricos para amostras independentes: Qui-quadrado de Pearson e Teste U de Mann-Whitney. Além disso, foram obtidas Razões de Prevalência (com intervalos de confiança em nível de 95%), brutas e ajustadas por categoria profissional, utilizando-se regressão de Poisson robusta. Resultados: 79,4% dos profissionais de saúde bucal da APS se sentiram ansiosos ou preocupados durante algum momento da primeira onda da pandemia no estado do Paraná e não houve diferenças significativas entre as categorias profissionais. Profissionais que apresentaram fatores de risco para a COVID-19, mostraram estar mais ansiosos/preocupados, o mesmo se repete para profissionais atuantes em locais que não questionam os pacientes sobre possíveis sintomas para a COVID-19, no momento de agendamento da consulta e quando há falta de distanciamento mínimo de 1 metro dentro das salas de espera. Profissionais que responderam que “nunca” ou “quase nunca” realizam limpeza e desinfecção das mangueiras de sucção a cada atendimento e desparamentação conforme recomendação se mostraram mais ansiosos e preocupados. Conclusão: Profissionais de saúde bucal, atuantes na APS, relataram estarem ansiosos e/ou preocupados para realizar o atendimento odontológico à população.