The present work approaches, from a literary point of view, the issue of multiple identities, fluid and in constant construction, resulting from a world context marked by migrations, cultural hybrids and globalization. To this end, we developed an analysis of the novel Americanah, by the Nigerian author Chimamanda Ngozi Adichie (2014), which illustrates, from the experiences of the immigrant and protagonist Ifemelu, the socio-cultural shocks experienced by the student who moves from Nigeria to the United States. The work is divided into three chapters, along which we problematize topics relevant to the novel in question, such as racism, xenophobia, the immigrant's relationship with work and housing, the imposition of the English language as dominant and oppression of women, taking into account intersections of race and class. Then, in the final remarks, we discuss the reverberation of this research in the educational context. The analysis is based on the theoretical assumptions of authors such as Achebe (1977) (1990), Adichie (2015), Bhabha (2007), Fanon (2008), Hall (2000) (2003) (2011), Ianni (2000), Kilomba (2019), Ribeiro (2018), among others. The research is of an interpretative nature, with characteristics of bibliographic research, and is justified by the current and social relevance of the themes dealt with in the work.O presente trabalho aborda, a partir do ponto de vista literário, a questão das identidades múltiplas, fluídas e em constante construção, resultantes de um contexto mundial marcado pelas migrações, pelos hibridismos culturais e pela globalização. Para tanto, desenvolvemos uma análise do romance Americanah, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie (2014), que ilustra, a partir das vivências da imigrante e protagonista Ifemelu, os choques socioculturais vivenciados pela estudante que se muda da Nigéria para os Estados Unidos. O trabalho divide-se em três capítulos, ao longo dos quais problematizamos tópicos relevantes para o romance em questão, como o racismo, a xenofobia, a relação do imigrante com o trabalho e a moradia, a imposição da língua inglesa como dominante e a opressão da mulher, levando em conta intersecções de raça e classe. Em seguida, nas considerações finais, discorremos a respeito da reverberação da presente pesquisa no contexto educacional. A análise tem como base os pressupostos teóricos de autores como Achebe (1977) (1990), Adichie (2015), Bhabha (2007), Fanon (2008), Hall (2000) (2003) (2011), Ianni (2000), Kilomba (2019), Ribeiro (2018), entre outros. A pesquisa é de cunho interpretativo, com características de pesquisas bibliográficas, e se justifica pela atualidade e relevância social dos temas tratados no trabalho.