Diante do cenário instalado pela pandemia da COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) a Organização Mundial de Saúde passou a recomendar uma série de intervenções não farmacológicas como o distanciamento social, para minimizar os riscos da transmissão viral. Nesse contexto, algumas atividades laborais como as das universidades, se organizaram em um formato remoto, alterando completamente a rotina de docentes. Com isso, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade de vida, saúde física e mental vinculadas ao exercício profissional de professores de uma instituição de ensino superior pública localizada no sertão nordestino em contexto da pandemia COVID-19. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo, desenvolvido em uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública localizada no Sertão Nordestino. A pesquisa foi realizada durante período de outubro de 2020 a janeiro de 2021. Foi avaliado o perfil sociodemográfico, laboral e aplicado o Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-8). A amostra foi constituída por 125 colaboradores. Os resultados obtidos apontam um alto índice de queixas relacionadas ao desgaste físico e mental no ambiente de trabalho. Em relação ao WHOQOL-8, os dados exibem maior escore médio nos domínios de qualidade de vida geral, moradia e relações sociais em 3,81, 3,79, e 3,47, respectivamente, e os docentes da área de engenharia com maiores médias (p = 0,04).  Nessa perspectiva, o estudo mostra a necessidade de maior atenção à saúde física e mental dos professores universitários, em especial nesse contexto de pandemia, visando a melhoria das condições laborais e, consequentemente, da qualidade de vida.