A história dos 22 anos da ABETH se imbrica com a construção e legitimação do campo de estudos da diversidade sexual e de gênero se nutriu de uma íntima relação com os movimentos sociais (feminista, homossexual e negro) que ganharam projeção no cenário da redemocratização política. Como resultado dessa atmosfera de colaboração entre lutas políticas e produção científica, tivemos importantes desenvolvimentos conceituais que marcaram o fazer acadêmico e a agenda política desses movimentos. A transposição dos estudos sobre a “mulher” para os estudos de gênero foi o resultado mais evidente do exame crítico operado pelo feminismo acerca do determinismo biológico. Somados a esses esforços a sexualidade, como campo de conhecimento, que entre encontro e desencontros com os estudos de gênero. Os seis (6) textos que compõem esse dossiê expressam discussões atuais em torno dos direitos LGBTI+ e da produção acadêmica em torno da diversidade sexual e de gênero. Algumas lacunas temáticas nos colocam atentas e atentes à urgência de congregar estudos que vocalizam debates críticos às monossexualidades e às não-binaridades, por exemplo. Ainda assim, acreditamos que os trabalhos aqui divulgados auxiliam na compreensão da memória desse campo de estudos