O objetivo do artigo é analisar proposições legislativas que tiveram como propósito a criação do dia do orgulho heterossexual em Municípios, Estados e em nível federal, no Brasil. Utiliza-se a crise da masculinidade como categoria analítica para relacionar tais proposições com o movimento internacional de oposição às políticas de promoção de direitos destinados à população LGBTQIA+. A análise de conteúdo realizada nas referidas iniciativas legislativas revelou a defesa da família tradicional, dos valores morais e religiosos e a ideia de que a heterossexualidade está em risco como elementos principais das justificativas utilizadas pelos parlamentares que as propuseram. Conclui-se que essas iniciativas parlamentares fazem parte de um movimento internacional que se opõem à igualdade jurídica de pessoas LGBTQIA+ por serem consideradas pecaminosas e por serem uma ameaça à preservação da espécie humana, à família e aos valores morais e religiosos.