A participação das mulheres na política marcada por diversas formas de violência, sobretudo aquelas que questionam a ocupação desses espaços desde a exclusão baseada no gênero. Assim, o objetivo geral deste estudo é refletir de que forma a violência sofrida por mulheres, na política, faz pensar a ressignificação da misoginia, heteronormatividade e papéis de na contemporaneidade. Metodologicamente, o estudo é de cunho hipotético-dedutivo e analisa a questão-chave eleita de modo a construir algumas premissas e especulações, problematizando transversalmente elementos do referido campo com base em uma pesquisa bibliográfica. Os casos eleitos ressaltam, entre outros achados: as enunciações misóginas direcionadas à presidenta Dilma Rousseff, as qualificações em decorrência dos papéis de gênero sofridas por Sâmia Bonfim e os preconceitos de caráter heteronormativo direcionados a Benny Briolly. Por fim, compreendeu-se que a participação das mulheres, na política, revela o seu aspecto de gênero a partir de múltiplas perspectivas que, de modo amplo, estão organizadas desde a sua posição social gendrificada.