Igreja e Claustro do Convento de São Francisco
Autor
de Quaresma, Manuel
Resumen
O interior da igreja conventual tem três naves nas quais distribui-se farta quantidade de apainelados lavrados com formas vegetais, dando ênfase às folhagens acânticas e volutas.
O altar-mor é encimado com arquivoltas sustentadas por colunas espiraladas ornadas por profusões folheares e elementos florais, assim como todos os demais retábulos dos corredores laterais, segundo o estilo nacional português.
Os retábulos do cruzeiro (transepto) estão entre os mais monumentais exemplos da arte luso-brasileira. Dois pares de atlantes, com altura aproximada de 2 metros cada um, sustentam riquíssimas mísulas, nas quais se estruturam colunas torsas do tipo salomônico, com o terço inferior estriado e, entre as espiras das seções superiores, ornamentação floral. Sobre os conjuntos alinham-se dosséis piriformes ladeados por pares de anjos que sustentam coroas reais, dentro dos cânones estilísticos joaninos, sob a influência romana. O convento foi fundado em 1587 e destruído durante a invasão holandesa. Em 1723, a reconstrução da igreja em foi dada como concluída, ainda que as obras se prolongassem até 1782. Em 1752, foram terminadas as obras do claustro, que contém o mais importante trabalho de azulejaria portuguesa no Brasil, pintada por Bartolomeu Antunes de Jesus.
As balaustradas do corpo da igreja, uma parte do mobiliário do coro e os móveis da sacristia são de autoria de frei Luís de Jesus, apelidado de “Torneiro”. No altar lateral encontra-se a imagem de São Pedro de Alcântara, obra de Manoel Inácio da Costa. O altar-mor é de Pedro Ferreira, e o teto de frei Jerônimo da Graça. Tombamento (IPHAN): nº 86-T-1.