A partir de um quadro econômico e social que aponta para o ressurgimento e a intensificação de empreendimentos solidários e baseando-se em conceitos tais como economia solidária, autogestão e cooperativismo, este trabalho tem como objetivo central apresentar um estudo de caso sobre a experiência autogestionária implantada numa empresa do setor metalúrgico do Rio Grande do Sul: a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas (CTMC). Especificamente, procura-se discutir o tema da economia solidária, sua construção histórica, diversidade de conceitos e propostas, bem como seu desenvolvimento no Brasil. Para este estudo de caso foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas com os cooperados, bem como analisados documentos e registros da empresa (estatuto, manuais etc.). Os dados coletados nas entrevistas e nos documentos serviram para a análise da empresa e sua caracterização quanto à história, constituição, estrutura e organização. Ao se analisar essa experiência mostra-se a economia solidária como um espaço de atuação concreta, tanto em face às necessidades urgentes de um grupo prestes a ficar desempregado, como para desenvolver novas práticas de solidariedade e cooperação.From a social and economic framework that points to the revival and strengthening of collaborative enterprises and based on concepts such as social economy, cooperatives and self-management, this paper aims to provide a central case study of the experience embedded in a self-managed metallurgical company in the industry of Rio Grande do Sul: the Cooperative of Metalworkers of Canoas (CTMC). Specifically, we will discuss the theme of solidarity economy, its historical development, diversity of concepts and proposals as well as its development in Brazil. For this case study were applied semi-structured interviews with the workers, and examined documents and company records (status, manuals, etc...) The data collected in interviews and documents used for the analysis of the company and its characterization as to the history, constitution, structure and organization. When analyzing this experience proves the solidarity economy as an area of concrete action, both face urgent needs of a group about to become unemployed, and to develop new practices of solidarity and cooperation.