Este trabalho é uma contribuição para os estudos sobre a radiodifusão comunitária no Brasil, principalmente sobre os conteúdos das mensagens veiculadas que tratam deste tema. Através da técnica de análise de conteúdo, principalmente um de seus instrumentos, a análise associativa, se buscou conhecer um pouco mais do conceito de radiodifusão comunitária veiculado pela ABERT, através de sua revista Rádio e TV. A investigação propôs três objetivos distintos: verificar quais as denominações ou termos empregados pela Abert para referir-se às rádios comunitárias; identificar o conceito veiculado pela Abert a respeito destas emissoras; reunir informações que contribuam com a reflexão sobre o conceito vigente hoje a respeito da radiodifusão comunitária. O material empírico é constituído pelas matérias que trazem no seu título referência à radiodifusão comunitária ou às emissões não-autorizadas. Tal análise deixou perceber que a revista Rádio e TV veicula um conceito estereotipado da radiodifusão comunitária. Este conceito está ligado principalmente aos termos 'ilegalidade', 'crime' e 'ilegal'. Quando associadas aos termos 'Ministério das Comunicações' e 'Anatel', sobressai a relação de poder que estas exercem sobre as rádios comunitárias.