dc.description | Essa pesquisa tem como principal objetivo o estudo sócio-econômico de quatro
microrregiões de Santa Catarina: Araranguá, Chapecó, Tijucas e Florianópolis, no sentido
de mensurar o desenvolvimento sob a ótica qualitativa da Visão da qualidade do
crescimento e Redução da pobreza. Nas últimas décadas o conceito de desenvolvimento
vem sendo discutido e modificado, deixou de ser sinônimo de acumulação de capital para
incorporar outras variáveis, como a distribuição da renda, a redução da pobreza e o
aumento do bem-estar social. Para o crescimento com qualidade aconteça, segundo a teoria
analisada, é necessário que exista educação mais eqüitativa, melhores oportunidades de
emprego, maior equidade de gênero, melhores condições de saúde, maior participação do
povo nas decisões políticas, maior liberdade civil e um meio ambiente mais limpo e
sustentável. Nesta pesquisa foram feitas análises, através de dados estatísticos extraídos de
instituições como o IBGE, PNUD, IPEA-DATA e Secretarias de desenvolvimento dos
municípios, que permitiram verificar o grau de desenvolvimento e a evolução de cada
microrregião selecionada através dos seguintes indicadores: variação da população;
população economicamente ativa – PEA; produto interno bruto – PIB; taxas de
desemprego; distribuição da renda, através do Índice de Gini; e os indicadores de
desenvolvimento social e de sustentabilidade. Desta forma, conclui-se que as populações
das microrregiões cresceram a taxas elevadas, principalmente em áreas urbanas,
ocasionado pela migração das pessoas do campo em busca de ofertas de emprego
oferecidas pelo setor secundário, devido ao crescimento das atividades no período
analisado. A PEA apresentou comportamento semelhante à população total, concentrandose
em zonas urbanas, o que fez aumentar as taxas de desemprego nessas regiões. As
maiores taxas de desemprego ocorreram no ano de 2000, devido às crises enfrentadas pelos
setores industriais no final de década de 1990. Após analisado o PIB por setor verificou-se
que as atividades relacionadas ao comércio e serviços vêm crescendo aceleradamente em
todas as microrregiões, em especial, pode-se destacar o Turismo. O crescimento
econômico, medido pelo PIB per capita, apresentou evolução, no entanto é preciso
salientar que em todas as microrregiões houve concentração da renda, o que, para a Visão
da qualidade do crescimento e redução da pobreza é um indicador negativo. Apesar disso,
considerando o IDH como indicador de desenvolvimento social, notou-se que houve
melhorias, principalmente nos sub-índices de educação e longevidade. | |