Tesis
Intencionalidade e interpretação
Autor
Azize, Rafael Lopes
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. As teorias românticas, em reação ao classicismo racionalista, valorizavam menos a estruturalidade tópica e os gêneros do que a idiossincrasia subjetiva. Com o esteticismo, emerge uma literatura decididamente "expressivista", contragenérica, em contacto com a "essência poética da linguagem", e um lirismo de base empirista subjetiva, análogo à epistemologia egocêntrica dos mentalismos dos filósofos modernos. As experimentações lingüísticas dos modernismos, novamente em busca de uma teoria "impessoalista", propuseram a desconsideração da intencionalidade como categoria operativa nas teorias da interpretação, as quais deveriam tomar a linguagem na sua autonomia sistemática. Numa perspectiva wittgensteiniana, o expressivismo e o impessoalismo estruturalista ou formalista falham ao não considerar a linguagem na sua ancoragem imanente a uma forma de vida. Oferece-se um contra-argumento ao anti-intencionalismo que pretende mostrar que a suposição de intenção é um critério gramatical do uso de "verbos de comunicação" (interpretar, ler, etc.).