A cultura epigráfica reflete o ordenamento social, seja através da onomástica dos dedicantes ou dedicados, seja pela sua própria materialidade. É visível o quanto ela nos tem revelado novas personagens, que auxiliam na compreensão da complexidade das relações humanas e divinas. O presente artigo visa a analisar uma ara funerária datada do século IV EC, período marcado por um processo de dissidência na esfera político-religiosa, dedicada a Aconia Fabia Paulina e Vettius Agorius Praetextatus, ilustres aristocratas defensores da religião tradicional romana. A partir de seu cursus honorum, pretendo desvelar os papéis designados a mulheres e homens na sociedade romana tardia e, por fim, serão abordados os ideais de feminilidade almejados.