Artigo de Periódico
The quandary of diagnosing mathematical difficulties in a generally low performing population
Fecha
2021Registro en:
1980-5764
Autor
Mariuche Rodrigues de Almeida Gomides
Isabella Starling Alves
Giulia Moreira Paiva
Leidiane da Silva Caldeira
Ana Luíza Pedrosa Neves Aichinge
Maria Raquel Santos Carvalho
Julia Bahnmueller
Korbinian Moeller
Júlia Beatriz Lopes-Silva
Vitor Geraldi Haase
Institución
Resumen
O desempenho em matemática dos estudantes brasileiros mostra-se consistentemente abaixo da média mundial em
estudos internacionais como o PISA. Objetivo: No presente artigo, argumenta-se que um baixo desempenho geral na matemática,
a exemplo dos estudantes brasileiros, pode interferir no diagnóstico de discalculia do desenvolvimento quando um critério
puramente psicométrico é usado para estabelecer um ponto de corte arbitrário (por exemplo, desempenho<percentil 10), o que
pode resultar em falsos diagnósticos. Métodos: Para tanto, investigou-se o desempenho de 706 estudantes brasileiros do 3º ao
5º ano escolar em operações aritméticas básicas de adição, subtração e multiplicação. Resultados: De forma consistente com os
resultados do PISA, as crianças apresentaram dificuldades em todas as operações aritméticas investigadas. Mesmo após cinco
anos de escolarização formal, menos da metade dos estudantes do 5º ano foi capaz de completar a tarefa envolvendo cálculos
simples de adição, subtração ou multiplicação. Conclusões: Dessa forma, os resultados reforçam o argumento de que o uso
exclusivo de um critério psicométrico pode não ser apropriado para o diagnóstico de discalculia no contexto de uma população
com desempenho geral baixo, como no caso crianças brasileiras da presente amostra. Quando a maioria das crianças tem
um desempenho aquém do esperado, torna-se difícil distinguir o desenvolvimento numérico atípico do típico. Portanto, outras
abordagens diagnósticas, como Resposta à Intervenção, podem ser mais adequadas em tal contexto.