Dissertação
Biogeography and community assembly of campos rupestres
Fecha
2022-08-22Autor
Daniela Melo Garcia de Oliveira
Institución
Resumen
Objetivo: Campos rupestres são paisagens antigas com afloramentos rochosos na
América do Sul, ocupando principalmente áreas montanhosas acima de 900 m de altitude
até 2033 m. Com objetivo de elucidar estratégias eficazes de conservação para este
ecossistema, nos exploramos a identidade florística dos campos rupestres e testamos se a
variação nas condições climáticas e edáficas limitam a distribuição de espécies de plantas
dentro de cada um dos grupos florísticos campos rupestres.
Localização: Campos rupestres brasileiros abrangendo a Cadeia do Espinhaço (de Minas
Gerais-MG até a Bahia-BA), Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais-MG), Serra dos
Carajás (Pará-PA) e o maciço do Urucum em Corumbá (Mato Grosso do Sul-MS)
Taxon: Angiospermas
Métodos: Compilamos um banco de dados com 98 levantamentos florísticos
georreferenciados em campos rupestres espalhados pelos principais biomas tropicais da
América do Sul, compreendendo 5.182 espécies de angiospermas. Usamos uma análise
de partição k-means para avaliar a identidade florística entre as comunidades vegetais dos
campos rupestres e, em seguida, usamos análises de redundância para avaliar se o
principal gradiente de variação florística dentro de cada grupo está associado à variação
nos fatores ambientais (clima e solo) e espaciais. Além disso, para avaliar a estrutura da
comunidade para cada um dos grupos, usamos a abordagem de metacomunidades.
Resultados: Nossos resultados suportam seis grupos florísticos distintos, ou
metacomunidades de campos rupestres, com uma clara segregação entre canga e
quartzito. As condições climáticas e edáficas atuam em escalas espaciais distintas
moldando a variação na composição da comunidade de cada metacomunidade.
Finalmente, a variação na composição da comunidade é consistentemente estruturada
pela substituição de espécies ao longo de gradientes ambientais.
Principais conclusões: Ressaltamos a importância de estratégias de conservação que
considerem áreas de proteção em vários pontos distintos ao longo dos gradientes
ambientais de cada metacomunidade de campo rupestre. Além disso, sugerimos o
abandono do termo campo rupestre sensu lato (ou seja, quartzito e canga agrupados) e
que as medidas de compensação levem em consideração grupos biogeográficos dentro de
cada geomorfologia.