Uma aproximação da visão estratégica regional dos Arranjos Produtivos de Misiones e dos estados do Sul do Brasil

Abstract

A Integração Produtiva das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) da Região induz a análise de mecanismos alternativos de cooperação entre os Arranjos Produtivos (APs) Regionais de Misiones, Argentina com os estados do sul do Brasil. As APs concentram-se principalmente em um escopo territorial nacional-local e de pouca conexão com redes externas, e apenas algumas, com uma visão estratégica internacional e transnacional. Por isso, analisamos as características distintivas da AP que tendem a uma visão regional e internacional, a fim de fortalecer as relações interorganizacionais e empresariais. Objetivos: Analisar as características distintivas das redes externas dos APLs que geram estratégias cooperativo-colaborativas entre os arranjos de Misiones, Argentina e os estados do sul do Brasil. Metodologia: A abordagem é exploratória descritivo-interpretativa, de base documental e qualitativa, dos APL complementares de manufaturas de madeira e móveis, de Misiones e dos estados do sul do Brasil. Identificando aqueles principais critérios que convergem para uma visão sub-regional de integração regional (Natureza dos atores, Atividades, Visão Estratégica e Governança). Resultados parciais: a participação do PMEs é uma característica dos APLs com problemas comuns e diferenças entre suas estruturas produtivas e inovadoras pelo ramo de atividade. Existem diferentes estágios de evolução e maturação da cooperação (comunicação, informação e cooperação entre os atores). A conectividade com redes externas e a orientação de negócios para o mercado pareceriam mais desenvolvidas na AP do Brasil por sua integração com grandes empresas, e a AP de Misiones tem uma tendência de orientação produtiva, e integrada por Empresas das Associações Empresariais (AE) com redes comerciais estreito com a região. A governança é multinível sendo a tomada de decisão circular no setor público privado, mas das empresas integradas na AP do Brasil com a promoção do Estado e nas AP Misiones com participação direta dos governos provinciais e da AE. As feiras e exposições atuam como centro de encontro e interação comum de empreendedores. Considerações finais: A cooperação inter AP regional, requer não apenas mecanismos institucionais na aplicação de recursos públicos para a demanda e promoção de iniciativas coletivas,mas também uma participação mais ativa de instituições e atores privados para a geração de relações de redes externas. Isso permitirá envolver-se redes de sectores complementares, novos atores, empresas e clientes /fornecedores, o que irá melhorar o perfil das AP e obter melhores níveis de competitividade em escala regional e internacional.